O mercado físico de algodão iniciou a semana em alta, impulsionado por maior atividade industrial e preços mais elevados. No entanto, na quinta-feira (16), os valores recuaram, refletindo o arrefecimento na demanda e uma postura mais cautelosa por parte dos produtores, segundo análise da Safras Consultoria.
No mercado doméstico, o preço do algodão foi cotado a R$ 4,13 por libra-peso no CIF de São Paulo, uma queda de 1,43% em relação ao dia anterior (15 de janeiro). O recuo também foi observado na comparação com a quinta-feira anterior (9 de janeiro) e com o mesmo período de um mês atrás, registrando um decréscimo de 1,2%, quando era negociado a R$ 4,18 por libra-peso.
Projeções da Safra 2024/25
De acordo com o 4º levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado hoje, a safra brasileira de algodão em pluma para 2024/25 está estimada em 3,699 milhões de toneladas, praticamente estável em relação às 3,701 milhões de toneladas da temporada anterior.
- Produtividade média: Estimada em 1.845 quilos por hectare, abaixo dos 1.904 quilos por hectare registrados em 2023/24.
- Área plantada: Deve alcançar 2,005 milhões de hectares, uma alta de 3,2% frente aos 1,944 milhão de hectares da safra anterior.
Produção por Estado
- Mato Grosso: Principal produtor do país, deve colher 2,620 milhões de toneladas, uma redução de 1,2% em comparação às 2,651,9 milhões de toneladas de 2023/24.
- Bahia: Segundo maior produtor, apresenta estimativa de 714,4 mil toneladas, com um leve aumento de 0,9% sobre as 708,3 mil toneladas do ciclo anterior.
- Goiás: A produção esperada é de 55,3 mil toneladas, um recuo de 8,4% em relação às 60,4 mil toneladas da temporada passada.
Perspectivas e Desafios
O recuo nos preços no mercado físico e a redução projetada na produtividade média indicam que o setor enfrenta um momento de ajustes, mesmo com a expansão da área plantada. A queda na demanda, tanto no mercado interno quanto externo, somada à oscilação de preços, será determinante para o desempenho do algodão no curto e médio prazo.
Fonte: portaldoagronegocio