O Centro Pan-Americano de Febre Aftosa e Saúde Pública Veterinária (PANAFTOSA/OPS/OMS) está com inscrições abertas para um curso online focado na prevenção e controle da Febre Aftosa, doença viral altamente contagiosa que afeta principalmente bovinos, suínos, ovinos, caprinos e bubalinos. Este curso, que recebeu avaliação positiva do Instituto Catarinense de Sanidade Agropecuária (Icasa), busca capacitar profissionais para a implementação de estratégias de vigilância contínua e ações educativas sobre o tema.
Capacitação para profissionais e produtores rurais
O curso é voltado para profissionais que atuam na criação de animais ou que estão diretamente envolvidos com a pecuária, em todo o continente americano. De acordo com Luciane Surdi, médica veterinária e conselheira técnica do Icasa, a capacitação aborda temas essenciais, como o impacto, transmissão e prevenção da Febre Aftosa. Além disso, detalha os procedimentos que os produtores devem seguir ao notificar suspeitas da doença, as medidas adotadas quando uma propriedade rural é identificada com suspeita de Febre Aftosa, e as estratégias adotadas nas Américas para erradicar a doença.
“O curso destina-se a um público diversificado, incluindo trabalhadores do serviço veterinário oficial, profissionais de matadouros-frigoríficos, produtores rurais, transportadores de animais, médicos veterinários, zootecnistas, bem como a comunidade acadêmica de medicina veterinária, tanto docentes quanto discentes, e outros profissionais envolvidos na vigilância e resposta precoce à Febre Aftosa”, destacou Luciane Surdi.
A importância do conhecimento e da vigilância
A Febre Aftosa é uma doença viral de rápida propagação e que pode causar sérios prejuízos à saúde dos animais e à economia. A identificação precoce e a notificação imediata de suspeitas são fundamentais para controlar a disseminação da doença. Por isso, é essencial que todos os profissionais em contato direto com animais estejam capacitados para reconhecer os sintomas da doença e adotar os procedimentos corretos de notificação.
A equipe técnica do Icasa realiza ações contínuas de educação e prevenção, além de monitorar a saúde dos rebanhos. O trabalho de orientação para os produtores rurais é crucial, pois visa garantir que qualquer sinal clínico da doença seja prontamente reportado aos órgãos de defesa sanitária, como a Cidasc (Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina).
Reconhecimento internacional e compromisso com a erradicação
Santa Catarina obteve, em maio de 2007, o reconhecimento internacional como Zona Livre de Febre Aftosa sem vacinação, um feito que exige a manutenção de um alto padrão de vigilância e comprometimento de todos os envolvidos na cadeia produtiva. Desde então, qualquer suspeita de Febre Aftosa deve ser imediatamente comunicada às autoridades oficiais de defesa sanitária animal. A manutenção deste status exige a colaboração contínua de profissionais e cidadãos, garantindo a proteção da saúde animal e o fortalecimento da economia agropecuária.
Fonte: portaldoagronegocio