Por causa da necessidade de altos rendimentos na agricultura, aliada à pressão de custo de produção e da crescente instabilidade climática, o conhecimento investido na atividade se tornou uma ferramenta importante para alcançar produtividades lucrativas. No caso da soja, o enfoque nutricional e fisiológico no manejo da cultura é uma alternativa segura para o alcance de resultados satisfatórios e sustentáveis. Com o intuito de orientar o produtor rural e demais públicos sobre a relevância desse tema para o fortalecimento da sojicultura, será realizada no dia 28 de março, às 14 horas, no auditório 1 no Centro Tecnológico COMIGO (CTC), em Rio Verde (GO), a palestra Manejo Fisiológico e Nutricional da Soja para Alta Produtividade. O assunto será discutido, na Tecnoshow Comigo 2023, pelo CEO da Fancelli & Associados, ex-professor e pesquisador da Esalq/USP, Dr. Antonio Luiz Fancelli.
De acordo com ele, durante a apresentação serão expostos, demonstrados e discutidos a importância do conhecimento do processo produtivo e da capacidade de elaborar diagnósticos em tempo real (ajustes de percurso), assim como do manejo dos fatores básicos de produção e de suas interações, de forma a se evitar ou minimizar condições de estresse, contribuindo, desta maneira, para a melhoria do desempenho e da produtividade vegetal. “Este conceito de manejo possibilita o aproveitamento efetivo dos fatores de produção e considera suas respectivas interações, bem como propicia a manifestação do potencial produtivo da espécie considerada”.
Fancelli explica que para a implementação do manejo fisiológico e nutricional, além do conhecimento prévio e detalhado do ambiente de produção e da espécie considerada, o agricultor deverá contar com a participação e ajuda de um profissional gabaritado e com grande experiência, dotado de visão holística e afeito a estudos de processos. “Assim, diante do exposto, conclui-se que esse tipo de atuação vai muito além da simples assistência técnica e da mera recomendação de insumos, ou seja, da famigerada ‘receita de bolo’, conforme comumente praticados”, informa.
Em relação aos avanços nessa área nos últimos anos, ele destaca a participação de alguns nutrientes, como o Magnésio e o Selênio, na redução do estresse foto-oxidativo; o papel de biorreguladores na mudança do porte e da arquitetura da planta; estratégias para a produção de enzimas destruidoras de radicais livres; uso de nitrogênio foliar no enchimento de grãos; a participação dos microrganismos do solo no aumento da disponibilidade de nutrientes e na defesa de plantas; o uso de filtros solares na redução da temperatura da folha; entre outros.
Fancelli acrescenta, ainda, que alguns pontos merecem atenção do produtor, consultor, interventor ou recomendante. Ele lista o conhecimento da fenologia e da fisiologia da produção da espécie a ser manejada; a capacidade de elaborar diagnóstico em tempo real do estado atual da lavoura; habilidade na interpretação das interações relativas aos fatores de produção, bem como evitar e/ou mitigar condições de estresse; conhecimento das necessidades nutricionais da planta e de seus efeitos na redução de estresses bióticos e abióticos, bem como no ganho de desempenho e de produtividade; e experiência comprovada e fundamentada em resultados.
Fonte: portaldoagronegocio