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Agronegócio

Manejo Eficiente e Equilíbrio Genético na Suinocultura: Reduzindo a Mortalidade Pré-Desmame

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A mortalidade pré-desmame de leitões emergiu como um dos principais desafios enfrentados pelos suinocultores, impactando diretamente a produtividade e a sustentabilidade do setor. Kelly Will, especialista de Validação de Produtos da Topigs Norsvin, enfatiza que o aumento no tamanho das leitegadas, resultado de inovações genéticas, trouxe novas complexidades. “Se a seleção genética não for realizada de forma equilibrada, o crescimento do tamanho da leitegada pode resultar em desuniformidade, variando significativamente o peso ao nascer e gerando leitões com menor vitalidade”, afirma.

Esses fatores, se não forem geridos adequadamente, podem elevar as taxas de mortalidade pré-desmame e, consequentemente, aumentar os custos operacionais. Estudo recente indica que, em 2023, um acréscimo de 1% na mortalidade pré-desmame está associado a um aumento de 1% nos custos de produção por leitão desmamado, ressaltando a necessidade de reduzir esses índices para assegurar a competitividade da suinocultura.

A mortalidade pré-desmame é influenciada por múltiplos fatores, que podem ser agrupados em três categorias principais: leitões, fêmeas e ambiente. Leitões com baixo peso ao nascer, pouca vitalidade e consumo insuficiente de colostro são os mais suscetíveis. Por sua vez, fêmeas com habilidades maternas deficitárias ou que enfrentam estresse têm maior probabilidade de esmagar os leitões, além de comprometer o de amamentação.

“Garantir que as fêmeas estejam em condições físicas e nutricionais adequadas no momento do parto é fundamental para a saúde e o bem-estar da leitegada”, destaca Kelly. O ambiente também exerce um papel crucial: temperaturas extremas podem agravar a mortalidade. Em clima frio, aumenta o risco de esmagamento, enquanto em temperaturas elevadas, a ingestão de ração e a produção de leite podem diminuir.

Soluções por meio de Manejo e Genética

A gestão da mortalidade pré-desmame requer práticas de manejo adequadas, monitoramento ambiental e seleção genética equilibrada. “A Topigs Norsvin é pioneira em melhoramento genético balanceado, focando na melhoria integral dos animais, em vez de em características isoladas”, explica Kelly. A empresa visa unir o aumento do tamanho da leitegada a uma maior habilidade materna, número de tetos, robustez e redução das taxas de mortalidade.

Atualmente, a Topigs Norsvin produz leitegadas numerosas, uniformes e com alto peso ao nascimento, resultando em um número elevado de leitões desmamados e prontos para o abate, além de uma alta eficiência alimentar. O uso de tecnologias de monitoramento e tem se mostrado um aliado essencial. “Essas ferramentas são cruciais para identificar problemas precocemente e ajustar o manejo conforme as necessidades específicas de cada sistema de produção”, ressalta Kelly.

Futuro Promissor com Colaboração em Cadeia

Os desafios na redução da mortalidade pré-desmame vão além da tecnologia; requerem capacitação contínua e integração de dados. Para Kelly Will, a colaboração entre produtores, pesquisadores e profissionais da indústria é fundamental. “A utilização de ferramentas analíticas para avaliação de fatores de risco e modelos preditivos será essencial para criar estratégias de manejo mais eficazes, otimizando recursos e garantindo a sustentabilidade da produção”, conclui a especialista.

Fonte: portaldoagronegocio

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