O Brasil, maior produtor mundial de café há mais de 150 anos, enfrenta desafios climáticos que impactam diretamente a produção do grão, especialmente em Minas Gerais, onde as secas severas têm ameaçado a atividade. De acordo com o Diagnóstico Climático do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), a falta de chuvas no estado tem sido a mais grave em seis décadas. A estação chuvosa, que normalmente ocorre entre outubro e março, tem sido afetada pelo aumento global das temperaturas e pelas mudanças no ciclo hidrológico, o que tem reduzido a precipitação de forma alarmante.
“Em algumas áreas de Minas, a precipitação tem ficado até 50% abaixo dos níveis normais. O café, assim como outras culturas, depende de uma quantidade significativa de água para seu desenvolvimento e para manter a qualidade da produção”, afirma Eduardo Botelho, CEO da Gota Azul Irrigação, que atua em parceria com a multinacional israelense Rivulis na região. A redução na oferta de água ameaça não apenas a produção nacional, mas também pode impactar o abastecimento global, dada a importância do Brasil na cadeia produtiva do café, responsável por um terço da produção mundial.
Tecnologia de Irrigação por Gotejamento Aumenta a Produtividade
Em resposta à seca, a Rivulis, especializada em soluções de microirrigação, e a Gota Azul têm se empenhado em oferecer alternativas para os cafeicultores, especialmente os do Sul de Minas Gerais, uma das regiões mais afetadas. O sistema de irrigação por gotejamento é uma das tecnologias adotadas, proporcionando um aumento significativo na produtividade do café, que pode passar de 1.740 kg para 2.700 kg por hectare — um incremento de 55%.
“A seca pode comprometer o estágio de floração do cafeeiro, prejudicando o pegamento da florada e reduzindo a produtividade. A irrigação por gotejamento ajuda a mitigar esse impacto, garantindo que as plantas recebam a quantidade adequada de água durante esse período crítico”, explica Botelho.
Além disso, a irrigação por gotejamento permite a fertirrigação, prática que aplica fertilizantes solúveis na água, otimizando a nutrição das plantas de forma eficiente e econômica. Leandro Lance, diretor de vendas da Rivulis, destaca que a tecnologia não só maximiza o uso da água, mas também melhora a qualidade do café e aumenta a produtividade. “A irrigação sustentável que oferecemos aos cafeicultores do Sul de Minas tem impacto direto na qualidade e no rendimento da produção”, afirma Lance, ressaltando o suporte técnico local oferecido pelos revendedores parceiros da Rivulis.
Benefícios para a Produção de Cafés Especiais
A produção de cafés especiais, característica marcante de Minas Gerais, também se beneficia dessas inovações. O estado é o maior produtor nacional de cafés arábica, um grão de alta qualidade, reconhecido por sua suavidade e complexidade de sabor. A utilização de tecnologias de irrigação avançadas tem permitido que os produtores mantenham a qualidade dos cafés, mesmo em face das dificuldades climáticas.
“Cafés especiais podem ter um valor de mercado até 50% superior ao café de tipo commodity. Isso torna ainda mais urgente a adoção de soluções de irrigação que garantam não só a produtividade, mas também a excelência na qualidade do grão”, afirma Lance.
Sistemas de Irrigação Adaptados a Condições Adversas
Entre os produtos da Rivulis disponíveis aos produtores por meio da Gota Azul, destacam-se os filtros de areia e os tubos gotejadores D5000 PC, que são especialmente indicados para solos secos, terrenos inclinados ou áreas com água de menor qualidade. “Esses sistemas têm um mecanismo de compensação de pressão, garantindo uma irrigação uniforme, mesmo em terrenos desafiadores”, explica Botelho.
Com o apoio da multinacional Rivulis, os cafeicultores de Minas Gerais têm à disposição soluções de última geração que não apenas aumentam a produtividade, mas também asseguram a sustentabilidade das operações a longo prazo. “Investir em sistemas de irrigação eficientes é essencial para garantir a resiliência da cafeicultura e a competitividade do Brasil no mercado global”, conclui Botelho.
Fonte: portaldoagronegocio