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Agronegócio

Inovação na Sojicultura: Biosphera Apresenta Bradyrhizobium elkanii como Alternativa Eficiente para o Cultivo de Soja

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As mudanças climáticas têm afetado profundamente a agricultura no Brasil, como evidenciado pelas recentes chuvas intensas no Rio Grande do Sul, que causaram inundações e deslizamentos de terra. Um estudo realizado por 13 cientistas climáticos da World Weather Attribution (WWA) concluiu que essas precipitações foram duas vezes mais prováveis devido às alterações climáticas.

Nesse cenário desafiador, a soja, uma cultura não nativa do Brasil, enfrenta dificuldades devido à falta de rizóbios eficazes nos solos brasileiros. Entretanto, com a prática de inoculação ao longo dos anos, a população desses microrganismos tem aumentado significativamente. Desde 1992, quatro estirpes de rizóbios foram autorizadas pelo MAPA para uso em inoculantes comerciais: Bradyrhizobium elkanii SEMIA 587 e SEMIA 5019 e Bradyrhizobium japonicum SEMIA 5079 e SEMIA 5080. Segundo André Nakatani, gerente de pesquisa, desenvolvimento e inovação da Biosphera, essa diversidade é fundamental para a eficácia da Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN).

Atualmente, essas estirpes estão disponíveis em dezenas de inoculantes comerciais, com mais de 141 milhões de doses comercializadas anualmente, conforme dados da ANPII (Associação Nacional dos Produtores e Importadores de Inoculantes).

“A interação entre genótipos de soja adaptados a diferentes ambientes e estirpes de rizóbios eficazes na FBN pode resultar em respostas variadas. O B. elkanii se destaca pela alta tolerância a estresses ambientais, como temperaturas elevadas e alagamentos, o que é especialmente benéfico em regiões com essas condições”, explica Nakatani.

Novos Inoculantes para o Mercado

Diante dessa realidade, a Biosphera lançou os inoculantes Nitrosphera Fusion e Nitrosphera elkanii turfa, ambos à base de Bradyrhizobium, durante a 39ª Reunião de Pesquisa de Soja (RPS) em Londrina-PR. O Nitrosphera Fusion é disponibilizado na forma líquida e busca promover o uso eficiente do microrganismo.

A empresa se destaca pelo seu BioManejo Estratégico (BME), que envolve um acompanhamento contínuo com os produtores para entender as necessidades específicas de cada solo e cultura. “Dentro desse conceito, alternar entre diferentes espécies de Bradyrhizobium pode favorecer a diversidade microbiana no solo. Embora o B. japonicum seja o mais utilizado na soja, o B. elkanii também se mostra uma alternativa eficaz, contribuindo para o desenvolvimento da cultura em determinadas condições”, afirma Nakatani.

Participação Estratégica em Eventos

A presença da Biosphera na 39ª Reunião de Pesquisa de Soja foi uma oportunidade estratégica. Jackson Gundi, diretor industrial da empresa, ressaltou a importância de apoiar eventos desse tipo: “É fundamental estarmos presentes para acompanhar novas metodologias propostas por entidades como o Ministério da Agricultura, universidades e Embrapa.”

Crescimento e Expansão

A Biosphera tem planos ambiciosos para o futuro, incluindo a duplicação da capacidade de produção no próximo ano e a construção de uma segunda unidade industrial para atender à crescente demanda. Cesar Kersting, diretor comercial, reforçou o papel da empresa no agronegócio brasileiro: “Nosso foco está em grãos, especialmente soja, milho e cereais, e estamos iniciando trabalhos com café, cana-de-açúcar e algodão.”

A empresa está investindo em soluções locais para a agricultura tropical, promovendo pesquisa e inovação em parceria com universidades e instituições renomadas, consolidando-se como uma referência no setor.

Fonte: portaldoagronegocio

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