A mobilidade e logística que envolve o transporte é um dos pontos fundamentais para uma boa infraestrutura. No caso do Brasil, um país de dimensões continentais, as ferrovias são importantes alternativas para o escoamento de cargas. Cada dia mais engajadas com a proteção do meio ambiente e modernizando suas operações, Moove e Rumo, empresas do Grupo Cosan, se uniram em um estudo pioneiro que apresentou excelentes resultados, garantindo uma redução de mais de 1.500 toneladas de emissão de CO2 por ano, mantendo a eficiência da frota, sem desgaste dos motores e uma econômica de cerca de R$ 5,9 milhões por ano para a Rumo, considerando toda a frota.
As ferrovias são um ponto estratégico para a economia e transporte de cargas em todo o país. Promover soluções que contribuam com operações mais sustentáveis é uma das premissas da Moove, empresa global de lubrificantes e óleos básicos, responsável por fabricar e comercializar os lubrificantes Mobil™ no Brasil. A companhia vem em constante evolução, desenvolvendo processos e iniciativas que priorizem seus compromissos ESG e promoveu dentro da Rumo – maior operadora de logística ferroviária independente do Brasil, que possui quase 14 mil quilômetros de linhas, cruzando o país de Norte a Sul — um estudo que levou à diminuição do uso de óleo lubrificante em sua frota. Foram 556.443 litros de lubrificantes que deixaram de ser consumidos pela Rumo no período de maio de 2021 a abril de 2022.
Em geral, os lubrificantes até então utilizados nas operações de ferrovias no Brasil eram do tipo monoviscoso, de uma geração tecnológica da década de 80. Os especialistas da Moove sugeriram a realização de um teste, trocando para o Mobil Diol™ 9 RF 20W-40, um lubrificante multiviscoso, com o objetivo de reduzir o consumo de lubrificante e de combustível. Inicialmente, foi realizado um estudo com 18 locomotivas novas da Rumo, em operação normal. Dessas, metade permaneceu utilizando o óleo da geração antiga e a outra metade passou a utilizar o novo lubrificante. Em determinado momento houve uma troca. As locomotivas, que durante os testes iniciais estavam usando o óleo monoviscoso, passaram a usar o multiviscoso e vice-versa. A economia se comprovou nos dois momentos, obtendo uma redução de 42% no consumo de lubrificante de reposição e estatisticamente ficou comprovada da redução de 1% no consumo de combustível.
Posteriormente, toda a frota norte da Rumo, que conta com quase 500 locomotivas, passou a utilizar o lubrificante multiviscoso. Neste momento, o desempenho do novo lubrificante passou a ser avaliado na frota inteira e não somente em máquinas novas e foi comprovada uma redução de 46% no consumo de lubrificante de reposição.
Fabio Afonso, Gerente Executivo Industrial da Moove, destaca que existem dois tipos de consumo de lubrificantes nas máquinas. “O primeiro deles é a troca, quando você esgota o óleo usado para colocar o novo.
Esse processo acontece em função do tempo, do fim da vida útil do lubrificante ou numa eventual contaminação do óleo. O segundo é a reposição do óleo que vai sendo consumido durante a operação. O nível vai baixando e é feita a reposição do lubrificante”, explica. Fabio destaca ainda que foram acompanhadas outras informações, como os dados de proteção do motor. “O lubrificante era analisado de tempos em tempos e ficou comprovado que a tecnologia do lubrificante Mobil Diol™ 9 RF 20W-40, com menor consumo, seguiu protegendo os motores da mesma forma que o óleo antigo. Portanto, não foi prejudicada a condição de proteção dos motores”, complementa destacando ainda que outro impacto positivo gerado pelo estudo foi a redução da interação humana com o equipamento. “Reduzindo a quantidade de vezes que os colaboradores precisam ir até um motor para fazer a operação de reposição de nível, evitamos mais de 3000 intervenções humanas na máquina”, completa.
Adotando os critérios de conversão estabelecidos pela EIA — U.S. Energy Information Administration, a quantidade de CO2 que deixou de ser gerado pela Rumo, pelo uso do lubrificante Mobil Diol™ 9 RF 20W-40, foi de 1.573 toneladas de CO2 por ano, para as frotas da Malha Norte da Rumo. O resultado, é uma cadeia que contribui diretamente para o meio ambiente de diversas formas com menor consumo, menor produção, menos transporte – cerca de 18 viagens de caminhão puderam ser evitadas no ano – e diminuição do descarte, além da economia gerada para a empresa.
Para a Rumo, cerca de R$ 5,9 milhões foram economizados por ano, considerando toda a frota. Segundo o diretor de Material Rodante da Rumo, Marcus Jorge, a iniciativa é pioneira no país. “A Rumo é a primeira concessionária ferroviária do Brasil a utilizar um óleo multiviscoso em larga escala e com sucesso. É um pioneirismo no setor ferroviário”, afirma.
Todos os testes em campo foram feitos pela equipe de engenharia da Rumo, que atuou em conjunto com os engenheiros da Moove. O novo óleo também exige menos manutenção nos motores das locomotivas, pois tem melhor nível de lubrificação que os óleos anteriormente usados. Durante o período de testes foram feitas 990 análises do novo óleo.
Fonte: portaldoagronegocio