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Agronegócio

Impactos na Safra Brasileira Mantêm Preços da Laranja em Alta

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O relatório Mensal de setembro, elaborado pela Consultoria Agro do Itaú BBA, destaca as recentes tendências no mercado de laranja e as atualizações sobre as principais commodities agrícolas.

Nos últimos dias de setembro, o preço da caixa de laranja na indústria paulista se aproximou dos R$90, refletindo uma safra reduzida e frutos menores devido ao intenso déficit hídrico enfrentado nos últimos meses. Embora os custos da matéria-prima para a indústria no Brasil tenham aumentado, o preço do suco em Nova York também subiu, ampliando o spread da venda do suco.

As cotações do suco em Nova York ganharam impulso em agosto e no início de setembro, atingindo novas máximas históricas próximas de USD 5,5/lp. Devido à menor elevação no preço da caixa da , o spread do suco aumentou de USD 8,90/cx em julho para USD 12,50/cx na primeira quinzena de setembro. Se mantido acima de USD 11,50/caixa, este será um novo recorde histórico, superando os valores de outubro e novembro do ano passado.

No setor de exportações, os preços obtidos nos últimos dois meses reagiram fortemente com um aumento de 32%, após um comportamento tímido até maio deste ano. No entanto, a quantidade exportada nos primeiros dois meses da safra 2024/25 caiu 21%, o que não surpreende dado a safra reduzida e os baixos estoques de passagem.

O prolongado período de seca no cinturão citrícola deste ano, aliado ao calor intenso, aumentou as preocupações para a safra do ano que vem, especialmente após cinco anos com produção aquém do ideal. No entanto, espera-se que o retorno das chuvas no final de setembro estimule as floradas e alivie o déficit hídrico, embora os impactos das altas temperaturas recentes possam persistir.

A Fundecitrus revisou para baixo a estimativa da safra de laranjas 2024/25 do cinturão citrícola de São Paulo e Triângulo Mineiro, reduzindo-a para 215,78 milhões de caixas. Esta estimativa representa uma queda de 7% em relação à de maio e 29,8% abaixo do ciclo 2023/24, devido ao menor tamanho dos frutos, resultado do clima quente e seco agravado a partir de maio.

De acordo com o USDA, o balanço global do suco de laranja, atualizado em julho, mostra uma expectativa de redução de 8,8% na produção para 2023/24, podendo ser revista para baixo devido à seca prolongada, conforme indicado pela Fundecitrus. Mesmo com aumentos na produção em outros países, os estoques finais de suco devem continuar a cair, mantendo um cenário de preços elevados.

A alta expressiva dos preços globais da bebida pode acelerar a tendência histórica de redução do consumo global. Embora este impacto ainda não seja evidente devido à maior redução na produção, isso pode definir um “novo normal” para a demanda no . No curto e mé prazo, a perspectiva é de preços elevados, refletindo a menor oferta mundial.

Fonte: portaldoagronegocio

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