O Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram) enfrenta uma redução significativa em sua movimentação devido à queda nos preços dos grãos. Segundo Marcos Pepe Bertoni, presidente do Tegram, “nossos números devem ser mais baixos em setembro e outubro, pois os preços dos grãos caíram muito”. Até agosto, a movimentação no terminal estava dentro da normalidade.
O Tegram, que normalmente movimenta entre 1,3 milhão e 1,6 milhão de toneladas de grãos por mês, voltadas exclusivamente para exportação, vê 73% desse volume composto por soja. “Nosso principal desafio atualmente é o preço”, lamenta Bertoni. A soja, que representa a maior parte das exportações do terminal, é exportada predominantemente entre fevereiro e agosto, embora o terminal realize exportações ao longo de todo o ano.
Outro desafio enfrentado pelo Tegram é o custo do frete. Bertoni observa que “está mais barato trazer o produto por caminhão do que pela ferrovia”, destacando o alto custo do transporte ferroviário.
O Tegram iniciou um processo de expansão há dois anos, solicitando uma renovação antecipada e adensamento da área. O projeto já passou pela EMAP (Empresa Maranhense de Administração Portuária) e atualmente está com o Ministério dos Portos. O próximo passo é a aprovação pela ANTAQ (Agência Nacional de Transportes Aquaviários) e pelo TCU (Tribunal de Contas da União). “Esperamos uma resposta positiva ainda em setembro”, diz Bertoni. A concessão, se aprovada, poderá ser ampliada em até 25 anos, com o atual contrato expirando em 2037.
O investimento total previsto para a expansão é de R$ 1,6 bilhão. Com essa expansão, a capacidade de armazenamento do terminal crescerá 75%, passando de 500 mil para 860 mil toneladas. A movimentação anual de grãos deverá aumentar de 16 milhões para 24 milhões de toneladas, e o número de tombadores para a recepção de caminhões será duplicado, passando de 8 para 16.
Fonte: portaldoagronegocio