Os auditores fiscais federais do Brasil iniciaram uma greve nacional, em protesto por melhores condições salariais, com início na terça-feira (26) e previsão de duração indefinida. A mobilização inclui também um protesto agendado para a próxima semana em Brasília. A paralisação, conforme comunicado do sindicato da categoria, tem gerado apreensão entre comerciantes de commodities agrícolas, importadores de bens de capital e agências de navegação, já que pode impactar significativamente a movimentação de cargas, especialmente no Porto de Santos, o maior da América Latina.
Responsáveis pela fiscalização na alfândega, os auditores são essenciais na inspeção de mercadorias, além de determinarem os impostos sobre importações e exportações. Segundo o escritório de advocacia Martinelli Advogados, de Santa Catarina, a greve ocorre em um momento de desafios logísticos no país, o que pode agravar ainda mais a situação do comércio exterior brasileiro.
“Este movimento pode comprometer o fluxo de mercadorias e afetar ainda mais as operações do comércio internacional”, destacou o escritório, que informou que algumas empresas já buscam medidas legais para mitigar possíveis atrasos e impactos logísticos.
O sindicato da categoria, o Sindifisco Nacional, tem mobilizado os auditores desde julho, reivindicando o início de negociações salariais com o governo. Em seu site, o sindicato informou que, além da greve, os auditores federais planejam realizar um protesto em frente ao Ministério da Fazenda, em Brasília, na próxima quarta-feira.
O Ministério da Fazenda, por sua vez, optou por não comentar a situação. A Autoridade Portuária de Santos também se absteve de fazer declarações sobre os possíveis impactos da greve.
A Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) afirmou em seu portal que está monitorando de perto a situação, dada a importância do setor para o fornecimento de bens essenciais para a indústria e o comércio.
Fonte: portaldoagronegocio