O Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) registrou um aumento de 0,83% em junho, desacelerando em relação ao avanço de 1,08% observado no mês anterior. Este resultado ficou abaixo das expectativas do mercado, conforme dados divulgados nesta segunda-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Com isso, o IGP-10 acumula uma alta de 1,79% nos últimos 12 meses.
Analistas consultados pela Reuters previam um crescimento mensal de 0,95% para o índice. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos preços no atacado e representa 60% do índice geral, registrou uma alta de 0,88% em junho, após um aumento de 1,34% em maio.
“O índice ao produtor antecipa os impactos que chegarão ao consumidor. Três alimentos importantes se destacaram entre as maiores influências do IPA: batata-inglesa, carne bovina e leite in natura,” afirmou André Braz, economista do FGV IBRE. Os preços desses itens subiram respectivamente 40,30%, 3,09% e 2,71%.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10), que contribui com 30% do índice geral, registrou um aumento de 0,54% no mês, após uma alta de 0,39% em maio. No IPC, os principais destaques foram a aceleração dos preços em Alimentação (de 0,53% para 0,97%), Educação, Leitura e recreação (de -0,51% para 0,22%), Habitação (de 0,26% para 0,52%) e Despesas Diversas (de 0,16% para 0,35%).
Por sua vez, o Índice Nacional de Custo da construção (INCC-10) subiu 1,06% em junho, comparado ao aumento de 0,53% em maio.
O IGP-10 calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência, oferecendo uma visão abrangente das pressões inflacionárias em diferentes setores da economia.
Fonte: portaldoagronegocio
