Apesar da significativa presença de compradores nas lavouras ontem, os negócios foram limitados. Os produtores se mantêm firmes em suas posições e rejeitam as ofertas atuais de R$ 250 por saca de Feijão-carioca nota 9, com boa peneira, tanto em Goiás quanto em Minas Gerais. Esse valor ainda não é considerado adequado pelos produtores, que acreditam que o preço justo deve ser superior, refletindo as condições reais do mercado.
Alguns pequenos lotes foram negociados por até R$ 260, indicando que há abertura para negociação por parte de alguns produtores, desde que as condições oferecidas sejam mais vantajosas. Durante a tarde, a movimentação dos compradores aumentou, revelando uma demanda latente que ainda não resultou em transações significativas.
A questão que persiste é por que os compradores não estão elevando suas ofertas. A resposta parece estar na resistência do varejo em aceitar ajustes de preços. Apesar da consciência sobre a situação das lavouras de terceira safra, que enfrentam desafios como a redução no volume estocado em comparação ao ano passado, o varejo insiste em manter os preços estáveis. Essa estratégia de adiar o ajuste de preços, utilizando diversos artifícios, é comum no setor.
Além disso, o clima de incerteza e especulação é exacerbado pelas decisões dos produtores em diferentes regiões. No Oeste do Paraná, especialmente nas proximidades de Cascavel, alguns produtores estão reavaliando suas estratégias para a próxima safra, o que contribui para o panorama de incerteza no mercado.
Fonte: portaldoagronegocio