O Instituto Brasileiro de Feijão e Pulses (IBRAFE) esteve em audiência com o deputado Pedro Lupion, presidente da Frente Parlamentar da Agricultura (FPA), para discutir a situação atual do mercado de feijão no país. Em meio a preocupações crescentes, o governo se encontra em debates sobre a necessidade de importação ou a implementação de medidas para amparar os produtores nacionais.
Recentemente, houve uma mudança de rumo nas políticas governamentais em relação ao feijão. Se antes havia considerações sobre a importação do produto, agora o foco está na formação de estoques. No entanto, surgiram controvérsias em relação aos preços praticados, especialmente no Paraná, onde a Companhia nacional de Abastecimento (CONAB) apontou que os preços estão abaixo do mínimo estabelecido.
De acordo com os dados, o feijão-carioca está sendo comercializado abaixo do valor mínimo de R$ 183,25 por saca de 60 quilos, enquanto o feijão-preto está sendo negociado a R$ 159,54. Esta discrepância nos preços está ligada à qualidade do produto, influenciada pelas condições climáticas deste ano, que afetaram o desenvolvimento das lavouras.
O encontro com o deputado Lupion foi uma oportunidade para esclarecer a situação e buscar orientações sobre os próximos passos. Questões como a necessidade de importação, a proteção aos produtores e até mesmo a viabilidade das exportações foram discutidas. O deputado enfatizou a importância de manter a FPA informada sobre as demandas do setor agrícola, destacando a relevância de ter o feijão como uma pauta prioritária nas agendas políticas.
É crucial que as instituições federais estejam engajadas em compreender e proteger a produção nacional de feijão. A regulação do mercado por meio dos mecanismos de oferta e demanda é importante, mas o governo também deve monitorar de perto os preços pagos aos produtores e os valores praticados no varejo. Garantias e apoio aos produtores devem estar disponíveis sempre que necessário, garantindo um equilíbrio entre a proteção da produção e o acesso do consumidor a preços justos.
Fonte: portaldoagronegocio
