Já a estimativa de novembro para a safra de 2022 alcançou 262,7 milhões de toneladas, 3,7% maior que a obtida em 2021 (253,2 milhões de toneladas), crescimento de 9,4 milhões de toneladas. A área a ser colhida foi de 73,2 milhões de hectares, aumento de 4,7 milhões de hectares (6,8%) frente à área colhida em 2021. O arroz, o milho e a soja são os três principais produtos deste grupo, que, somados, representam 91,5% da estimativa da produção e respondem por 87% da área a ser colhida.
Em relação a 2021, houve acréscimos de 10,2% na área do milho (aumentos de 6,6% no milho 1ª safra e de 11,4% no milho 2ª safra); de 17,9% na do algodão herbáceo (em caroço), de 4,8% na da soja, de 11,8 na do trigo e queda de 3,2% na área do arroz.
Quanto à produção, houve altas de 15,2% para o algodão herbáceo (em caroço), de 22,3% para o trigo e de 25,5% para o milho, com queda de 1,0% no milho na 1ª safra e aumento de 36,4% no milho na 2ª safra. Ocorreram quedas de 11,4% para a soja e de 8,2% para o arroz em casca.
Em novembro de 2022, o IBGE realizou o segundo prognóstico de área e produção para a safra de 2023. A safra brasileira de grãos, cereais e leguminosas em 2023 deve somar 293,6 milhões de toneladas, com alta de 11,8% em relação a 2022, ou 30,9 milhões de toneladas.
Esse aumento deve-se à maior previsão para a soja (22,5% ou 26.866.714 toneladas), o milho 1ª safra (15,8% ou 4.022.128 toneladas), milho 2ª safra (1,9% ou 1.596.689 toneladas), algodão herbáceo em caroço (0,8% ou 31.682 toneladas), sorgo (4,5% ou 127.774 toneladas) e feijão 1ª safra (4,2% ou 45.884 toneladas). Foram estimados declínios na produção para o arroz (-3,1% ou -332.552 toneladas), feijão 2ª safra (-10,4% ou -139.148 toneladas), feijão 3ª safra (-1,0% ou -6.542 toneladas) e trigo (-12,0% ou -1.145.356 toneladas). Em relação à primeira estimativa, o crescimento foi de 1,9%, ou 5,5 milhões de toneladas.
Houve variações positivas na área prevista para soja (3,7%), feijão 2ª safra (0,7%), algodão herbáceo (0,1%) e milho 2ª safra (1,3%), e variações negativas para o arroz em casca (-4,0%), sorgo (-1,4%), feijão 1ª safra (-1,8%), feijão 3ª safra (-1,1%) e trigo (-2,4%).
Essa 2ª estimativa para a safra a ser colhida em 2023 é passível de retificações no próximo levantamento, em dezembro, e durante o acompanhamento das safras ao longo de 2023.
Safra 2022 deve chegar a 262,7 milhões de toneladas, com alta de 3,7%
A estimativa de novembro para a safra de 2022 alcançou 262,7 milhões de toneladas, 3,7% maior que a de 2021 (253,2 milhões de toneladas), com alta de 9,4 milhões de toneladas.
Para a soja, a estimativa de produção foi de 119,5 milhões de toneladas. Quanto ao milho, a estimativa foi de 110,1 milhões de toneladas (25,4 milhões de toneladas de milho na 1ª safra e 84,7 milhões de toneladas de milho na 2ª safra). A produção do arroz foi estimada em 10,7 milhões de toneladas; a do trigo em 9,6 milhões de toneladas; e a do algodão (em caroço), em 6,7 milhões de toneladas.
Em relação ao mês anterior, houve aumentos nas estimativas da produção da batata-inglesa 2ª safra (4,3% ou 53.076 t), cana-de-açúcar (4,1% ou 24.568.533 t), feijão 2ª safra (2,8% ou 37.207 t), sorgo (2,0% ou 57.045 t), do tomate (1,1% ou 43.078 t), feijão 3ª safra (0,2% ou 1.222 t), milho 1ª safra (0,2% ou 40.443 t) e soja (0,1% ou 78.405 t). Por outro lado, houve declínios da cevada (-6,7% ou -35.834 t), batata-inglesa 3ª safra (-1,5% ou -16.400 t), feijão 1ª safra (-0,7% ou -7.760 t), milho 2ª safra (-0,3% ou -258.965 t), da batata-inglesa 1ª safra (-0,3% ou -4.892 t), do trigo (-0,2% ou -22.781 t) e da aveia (-0,0% ou -280 t).
Entre as Grandes Regiões, o volume da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas apresentou a seguinte distribuição: Centro-Oeste, 130,7 milhões de toneladas (49,7%); Sul, 65,2 milhões de toneladas (24,8%); Sudeste, 27,8 milhões de toneladas (10,6%); Nordeste, 25,4 milhões de toneladas (9,7%) e Norte, 13,5 milhões de toneladas (5,2%).
As principais variações positivas nas estimativas da produção, em relação ao mês anterior, ocorreram em Santa Catarina (402.656 t), em São Paulo (189.602 t), em Sergipe (138.837 t), em Goiás (31.480 t), no Rio Grande do Norte (4.108 t) e no Espírito Santo (1.046 t). As principais variações negativas ocorreram em Rondônia (-502.409 t), no Paraná (-232.245 t), no Pará (-50.168 t), em Alagoas (-39.289 t), no Piauí (-29.259 t), na Paraíba (-14.668 t), no Ceará (-9,319 t) e no Mato Grosso do Sul (-1.015 t).
BATATA-INGLESA – A 11ª estimativa da produção da batata-inglesa, considerando-se as três safras do produto, foi de 4,0 milhões de toneladas, aumento de 0,8% em relação ao mês de outubro. Houve destaque positivo para São Paulo, com crescimento de 4,3% na produção, enquanto, em Santa Catarina, houve declínio de 5,0%.
A 1ª safra, que deve contribuir com 41,9% do total de batata a ser produzida no ano, apresenta um declínio de 0,3% frente ao mês anterior. A produção foi estimada em 1,7 milhão de toneladas. Em relação à 2021, a estimativa de produção ficou 8,5% menor, acompanhando uma redução de 4,7% no rendimento médio e de 4,0% na área a ser colhida.
A 2ª safra, que representa 31,7% da produção total, foi estimada em 1,3 milhão de toneladas, 4,3% maior que a estimativa de outubro. A estimativa da produção da 3ª safra foi de 1,1 milhão de toneladas, declínio de 1,5% em relação ao mês anterior. Em relação a 2021, houve aumentos de 3,6% na estimativa da produção.
CANA-DE-AÇÚCAR – A produção brasileira de cana-de-açúcar foi estimada em 627,1 milhões de toneladas, um aumento de 4,1% em relação ao mês anterior. O rendimento médio dos canaviais apresentou crescimento de 1,5%, alcançando 71 056 kg/ha na média nacional, assim como a área colhida que aumentou 2,6%, atingindo 8,8 milhões de hectares.
São Paulo, responsável por 322,8 milhões de toneladas (51,5% da produção nacional), teve alta de 8,5% na produção, com o aumento de 5,3% na área plantada e 3,0% na produtividade.
Na Região Nordeste, há uma redução de 1,4% na estimativa mensal da produção, que alcançou 53,6 milhões de toneladas. Ocorreram reavaliações negativas de produção no Maranhão (-2,2%), no Piauí (-0,1%), no Rio Grande do Norte (-20,7%) e no Ceará (-11,1%). A Paraíba apresentou crescimento de 2,3%, alcançando uma produção de 5,9 milhões de toneladas.
CEREAIS DE INVERNO (em grão) – Os principais cereais de inverno produzidos no Brasil são o trigo, a aveia branca e a cevada. A estimativa da produção do trigo foi de 9,6 milhões de toneladas, declínio de 0,2% em relação ao mês anterior e aumento de 22,3% em relação a 2021, com o rendimento médio devendo alcançar 3.077 kg/ha, crescimento de 9,4%. Se confirmada, essa produção, o Brasil deverá colher sua maior safra de trigo da história. A Região Sul deve responder por 90,2% da produção tritícola nacional em 2022.
A estimativa da produção da aveia foi de 1,2 milhão de toneladas, aumento de 10,3% em relação a 2021. Os principais produtores do cereal são o Rio Grande do Sul, com 875,1 mil toneladas, Paraná, com 233,3 mil toneladas e Santa Catarina, com 37.836 toneladas, respondendo a Região Sul por 97,5% do total a ser produzido no País em 2022.
Para a cevada, a produção estimada foi de 502,5 mil toneladas, declínio de 6,7% em relação ao mês anterior e crescimento de 15,1% em relação a 2021. Os maiores produtores do cereal são Paraná, com 344,2 mil toneladas e Rio Grande do Sul, com 141,6 mil toneladas, cujas produções somadas representam 96,7% do total nacional.
FEIJÃO (em grão) – A estimativa da produção de feijão, considerando-se as três safras, foi de 3,1 milhões de toneladas, 1,0% maior que a do mês anterior. Nesta avaliação, as Unidades da Federação com maior participação na estimativa de produção da safra foram Paraná (24,5%), Minas Gerais (15,4%), Goiás (11,2%) e Mato Grosso (8,8%). Com relação à variação anual, a estimativa da produção aumentou 11,3%. Esse volume de produção deve atender ao consumo do mercado interno do País em 2022.
A 1ª safra de feijão foi estimada em 1,1 milhão de toneladas, declínio de 0,7% frente à estimativa de outubro. Houve crescimento da produção no Rio Grande do Norte (6,5%) e em Santa Catarina (7,8%), contudo, declínios em Rondônia (-13,0%), Piauí (-6,0%), Paraíba (-19,4%) e São Paulo (-0,8%). Essa 1ª safra representa 35,1% do total de feijão produzido no País. Em relação ao ano anterior, houve declínios de 6,2% na produção.
A 2ª safra de feijão foi estimada em 1,3 milhão de toneladas, aumento de 2,8% frente à estimativa de outubro. Esta 2ª safra representa 43,5% do total de feijão produzido no País. Em Santa Catarina, a produção foi revista para 92,4 mil toneladas, aumento de 99,1% no mês. No Paraná, responsável por 41,7% do total colhido pelo País nessa época, a produção foi mantida em novembro, comparativamente a outubro. Em relação a 2021, houve aumento de 95,9% na produção dessa safra.
Com relação à 3ª safra de feijão, a estimativa de produção foi de 659,4 mil toneladas, aumento de 0,2% frente à estimativa de outubro. Dos nove estados com informação para a 3ª safra de feijão, somente São Paulo atualizou seus números, com previsão de 0,8% de aumento na estimativa de produção em relação a outubro. Esta safra representa 21,3% do total de feijão produzido no País. Em relação ao ano anterior, a estimativa da produção deve crescer 10,5%.
MILHO (em grão) – A estimativa para a produção do milho foi de 110,1 milhões de toneladas, queda de 0,2% em relação ao mês anterior. Os preços elevados incentivaram o cultivo, apesar do alto custo de produção. Em relação a 2021, houve crescimento de 25,5% na produção.
Para o milho 1ª safra, a produção foi mantida em 25,4 milhões de toneladas comparativamente ao mês anterior, apresentando um discreto aumento de 0,2%. Em relação ao mesmo período em 2021, embora a área colhida tenha crescido 6,6%, manteve-se o decréscimo de 1,0% na produção do milho 1ª safra, justificada pela queda de 7,1% no rendimento médio. O clima adverso, notadamente no Centro-Sul, onde faltou chuvas e houve ocorrência de temperaturas elevadas foi o responsável por essa redução da produtividade.
Para o milho 2ª safra, a produção foi de 84,7 milhões de toneladas, retração de 0,3% em relação ao mês anterior. Comparativamente ao mês anterior, houve declínios na produção em Rondônia, 23,1% ou 425,4 mil toneladas; no Pará, 8,9% ou 68,4 mil toneladas, em Alagoas, 26,6% ou 21,2 mil toneladas e no Piauí, 0,2% ou 1,1 mil toneladas, que foi parcialmente compensado pelos crescimentos da produção de Sergipe, 18,4% ou 138,2 mil toneladas e de São Paulo, 4,3% ou 90,9 mil toneladas.
Em relação ao mesmo período de 2021, a produção cresceu 36,4%. Em 2022, o clima foi favorável às culturas da 2ª safra, havendo ocorrência de mais chuvas nas principais Unidades da Federação produtoras, ao contrário de 2021, quando ocorreu severas estiagens.
SOJA (em grão) – A produção nacional alcançou 119,5 milhões de toneladas, alta de 0,1% em relação ao mês anterior, confirmando a retração de 11,4% em comparação à obtida no ano anterior. A prolongada estiagem na região Centro–Sul do País foi determinante para a redução na produção da soja em 2022, resultando num declínio de 15,5% no rendimento médio, apesar do crescimento da área colhida, em 4,8% no ano, totalizando 40,9 milhões de hectares. A participação da soja no volume total de cereais, leguminosas e oleaginosas produzidos no País, em 2022, foi de 45,6%, permanecendo como o grão de maior peso no grupo.
Com a safra 2022 já finalizada no País, as Unidades da Federação que ainda apresentaram reavaliações mensais foram Santa Catarina e Alagoas, com aumentos de 7,0% e 6,8%, respectivamente. Houve declínios em Rondônia (-3,4%) e no Piauí (-0,1%). O Mato Grosso, maior produtor de soja do Brasil, manteve a estimativa de produção do mês anterior, 38,0 milhões de toneladas, 6,6% superior em relação ao obtido em 2021.
SORGO (em grão) – A estimativa da produção em novembro foi de 2,9 milhões de toneladas, aumento de 2,0% em relação ao mês anterior. A Região Centro-Oeste, maior produtora deste grão, com 52,2% de participação na produção nacional, teve sua estimativa aumentada em 0,2%, alavancada pelos aumentos na quantidade produzida e no rendimento médio registrados em Goiás, que foram mais que suficientes para compensar a redução na área colhida. Goiás é o maior produtor nacional de sorgo, sendo responsável por 35,8% da produção nacional.
No Sudeste, responsável por 33,2% de participação, houve aumento de 23,0% na produção de São Paulo, impulsionado pela expansão de área, apesar da redução no rendimento médio. Em Minas Gerais, que é o segundo maior produtor de sorgo, com participação de 23,0% no total nacional, as estimativas de área, produção e rendimento médio mantiveram-se constantes. A produção esperada é de 658,4 mil toneladas.
Fonte: portaldoagronegocio