O Governo Federal anunciou o lançamento do programa “Arroz da Gente”, uma série de medidas voltadas para fortalecer a produção de arroz na agricultura familiar em diversas regiões do Brasil. A iniciativa inclui acesso facilitado a crédito com juros reduzidos, apoio técnico, garantias de comercialização e a adoção de tecnologias adaptadas às realidades locais, como pequenas máquinas, colheitadeiras e silos secadores.
Coordenada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em colaboração com o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), consórcio nordeste, movimentos sociais, sindicatos e centrais de economia solidária, o programa inicialmente beneficiará 200 municípios em estados das regiões Nordeste, Centro-Oeste, Norte e Sudeste.
O “Arroz da Gente” prevê o suporte a cerca de 10 mil famílias produtoras, proporcionando assistência técnica, apoio para aquisição de tecnologias de baixo impacto ambiental, como maquinário e estruturas de armazenamento, visando a eliminação da colheita manual, além de facilitar a comercialização. A Conab utilizará ferramentas como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Contrato de Opção de Venda para auxiliar na distribuição do produto.
Além disso, o governo planeja incentivar o uso de sementes tradicionais através do PAA, ampliando a produção desse importante alimento da cesta básica nacional.
Como parte das ações, está prevista a elaboração de um diagnóstico da produção de arroz, feijão e mandioca pela agricultura familiar, visando fortalecer políticas públicas que beneficiem territórios e melhorem a qualidade de vida das populações locais.
O Plano Safra da Agricultura Familiar 2024/2025 destinará R$ 85,7 bilhões para apoiar a agricultura familiar, representando um crescimento de 10% em relação ao período anterior. Destaque para o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), que receberá R$ 76 bilhões, um aumento significativo para crédito rural. O plano também promove práticas mais agroecológicas, oferecendo taxas de juros favoráveis para produção orgânica, agroecológica e produtos da sociobiodiversidade.
O lançamento do edital do programa Ecoforte, com um investimento recorde, irá apoiar projetos de redes de agroecologia, extrativismo e produção orgânica, beneficiando diretamente 30 mil agricultores familiares. Além disso, a iniciativa “Campo à Mesa”, com um edital de R$ 35 milhões, incentivará a transição agroecológica.
Com essas medidas, o governo federal visa não apenas fortalecer a produção agrícola familiar, mas também promover práticas sustentáveis e inclusivas, contribuindo para o desenvolvimento socioeconômico das comunidades rurais em todo o país.
fonte: portaldoagronegocio