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Agronegócio

Goiás: Destaque na Produção de Queijo Artesanal com Reconhecimento Nacional

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O estado de Goiás tem observado um crescimento significativo no interesse pela formalização de produtores de queijo artesanal. Atualmente, 12 pequenas queijarias já conquistaram a habilitação com o Selo Arte, concedido pela Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa). Outras tantas manifestaram interesse em seguir pelo mesmo caminho. Tanto o Selo Arte quanto o Selo de Queijo Artesanal permitem que esses produtos sejam comercializados em todo o Brasil, rompendo barreiras territoriais e difundindo o autêntico terroir goiano por todo o país.

Esses selos, definidos pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e concedidos a nível estadual, atestam a qualidade de produtos que preservam aspectos culturais, regionais e tradicionais. Para Goiás, que foi um dos primeiros estados a adotar o Selo Arte, essa certificação é uma garantia de que os queijos seguem receitas autorais, produzidos de maneira artesanal e autêntica.

Segundo José Ricardo Caixeta Ramos, presidente da Agrodefesa, “quando um produtor de queijo artesanal busca a formalização, ele não apenas legaliza sua produção, mas também amplia seu mercado. Um queijo certificado pela Agrodefesa pode ser comercializado em todo o território nacional, e o produtor se beneficia ao adotar boas práticas no manejo do gado e no controle de doenças, além de garantir a qualidade em cada etapa do processo”.

Etapas para a Formalização

A obtenção do Selo de Queijo Artesanal segue etapas rigorosas, conforme explica Flávia Borges Feliciano, coordenadora de Estabelecimentos Artesanais e Auditorias da Agrodefesa. O processo começa com o envio de um requerimento de registro, acompanhado de um memorial descritivo, econômico e sanitário, além da planta baixa da queijaria. “Nessa planta devem estar especificados os equipamentos, os fluxos de produção e os pontos de água”, detalha Flávia.

Após a aprovação da documentação, a queijaria recebe autorização para construção ou adaptação, e uma vistoria final é realizada para garantir que as instalações estão de acordo com o projeto aprovado. Com o ‘ok’ final, o produtor obtém o número sequencial de seu Queijo Artesanal para inseri-lo no rótulo do produto e iniciar a comercialização em todo o Brasil.

Garantia de Qualidade

A certificação com o Selo Arte ou de Queijo Artesanal não apenas amplia o mercado, mas também assegura a qualidade do produto. As queijarias formalizadas recebem visitas periódicas de técnicos da Agrodefesa para garantir boas práticas em todas as fases da produção, desde o manejo do gado até o armazenamento e expedição dos queijos.

No início da produção, um fiscal realiza duas visitas mensais à queijaria. Com o amadurecimento da empresa, o número de visitas pode ser reduzido, mas os produtores continuam submetendo amostras de seus queijos para análises físico-químicas e microbiológicas. “Essas análises garantem que o produto final seja seguro e de alta qualidade”, explica Flávia Feliciano.

Além das análises realizadas pelos próprios produtores, a Agrodefesa também realiza coletas anuais para monitorar a qualidade dos queijos e do leite utilizado na produção. “Queijarias que trabalham com leite cru, por exemplo, precisam comprovar que sua propriedade está livre de brucelose e tuberculose”, acrescenta Flávia. Assim, o consumidor tem a certeza de que, ao adquirir um queijo com o Selo Arte ou de Queijo Artesanal, está levando para casa um produto de excelência, fruto de um processo rigoroso de fiscalização e acompanhamento.

Fonte: portaldoagronegocio

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