Para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, os atuais gastos fiscais não possibilitam que o governo possa fazer mais investimentos. “Os gastos fiscais estão inviabilizando as finanças públicas no Brasil. O gasto tributário chegou a patamares absurdos, e não podemos mais permitir isso”, disse ele em entrevista à rádio CBN hoje (5) mais cedo.
Haddad reforçou que as medidas que o governo vem tomando, como a retirada de isenções tributárias dos estados, e que a cobrança de impostos de empresas que enviam depósitos para países (chamado de off shores), que hoje não são tributadas, já vão fazer a diferença na arrecadação.
“Empresas têm que lucrar com crescimento, não com sonegação. Pague seus impostos corretamente e o Brasil vai ficar bem. O que vai enriquecer este país é o investimento e a previsibilidade. Estou aqui para defender o Erário público. O trabalhador não pode mais ser penalizado”.
A respeito das votações para aprovar o arcabouço fiscal (ou regra fiscal) e a reforma tributária, Haddad afirmou que eles vão atender às necessidades do país, e que merecem ser estudados e aprovados com seriedade. “Com um pouco de seriedade, vamos arrumar a casa e fazer esse país crescer”.
Quando foi perguntado sobre o aumento na faixa de isenção na cobrança de imposto de renda para quem ganha até R$ 4 mil, ele disse que há espaço nas finanças públicas para cobrir a falta de arrecadação. “Temos viabilidade para esta faixa de isenção, mas para aumentar para R$ 5 mil, precisamos de um esforço maior”. Ele ainda citou que a correção da tabela do imposto de renda custará aos cofres públicos mais de R$ 100 bilhões.
As informações partem da Agência CMA.
Fonte: portaldoagronegocio