Na primeira década do corrente século (2001 a 2010), a comercialização de uma tonelada de aves vivas gerou receita suficiente para adquirir, em média 4,462 toneladas de milho. Surpreendentemente, esse índice subiu na década seguinte (2011 a 2020) pouco mais de meio por cento, chegado a 4,465 toneladas de milho. Porém, na presente década (janeiro de 2021 a setembro de 2022), o volume adquirível caiu para 3,489 toneladas, uma redução próxima de 22%.
Com o farelo de soja a queda foi menos acentuada. Pois retrocedeu de 2,4 toneladas entre 2011 e 2010 para 2,358 toneladas nos anos seguintes (redução de 1,75%), encontrando-se atualmente em 2,137 toneladas, volume que representa redução de, aproximadamente, 11% sobre a primeira década do presente século.
Vistas sob esse ângulo, as reduções enfrentadas parecem não ser tão graves quanto o setor já apontou em diversas ocasiões. Mas os resultados só não vêm sendo piores porque o setor conseguiu, a duras penas, repassar parte do aumento de custos enfrentado. O problema, agora, é que os custos continuam aumentando, mas seu repasse ao produto final vem sendo impossível, dado o fraco poder aquisitivo do consumidor.
