O Centro-Oeste tem se destacado como uma das principais regiões produtoras de grãos do país, mas para seguir com esse desenvolvimento, o produtor rural precisa investir valores significativos em fertilizantes. Isso porque o Brasil precisa importar os fertilizantes de países como Rússia, Canadá, China, Marrocos e Estados Unidos, e destinar cerca de 40% dos seus investimentos, a esse insumo.
Na atual safra de milho, em Mato Grosso do Sul, por exemplo, o custo com os fertilizantes equivale a 41% do investimento total necessário. Se para produzir um hectare de milho, o agricultor precisa desembolsar cerca de R$ 7,8 mil, somente para os fertilizantes serão destinados R$ 3,2 mil, em cada hectare plantado, segundo a Produce.
Os números são chancelados pelo Head de Fertilizantes da Produce, Osmar Cardoso Junior, que estima que, para a próxima safra de soja, 2023/2024, os fertilizantes ocupem pelo menos 1/3 dos custos totais. “O Brasil importa cerca de 70% da sua necessidade de fertilizantes, e as oscilações de abastecimento, assim como o preço, são muito sensíveis a qualquer instabilidade econômica e geopolítica. Em fertilizantes, o estado de maior consumo do Brasil é Mato Grosso com quase 10 milhões de toneladas, seguido por Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo, com aproximadamente 4 ou 5 milhões de toneladas, cada um, por ano. Vários outros têm também volumes expressivos, cada um com sua particularidade”, explica Cardoso Junior.
Segundo a Secex, o preço médio dos fertilizantes caiu 37%, na comparação de março deste ano, com o mesmo mês do ano passado, mas a queda não foi suficiente para fazer com que os agricultores adquirissem mais fosfatados, por exemplo. A importação desse elemento baixou 4%, no comparativo do primeiro trimestre deste ano, com o mesmo período do ano passado. Baixou também a importação de nitrogenados, que decresceu 24% nos mesmos meses. Já o potássio, mais que dobrou a demanda, e os produtores rurais importaram 102,9% a mais.
“Os fertilizantes são compostos químicos que fornecem nutrientes essenciais às plantas, como nitrogênio, fósforo e potássio, que são fundamentais para o crescimento e desenvolvimento, porém, há uma preocupação com os elementos biológicos já presentes em solo”, explica o Head de fertilizantes da Produce. “São muito importantes para aumentar a eficiência no uso de fertilizantes, esse é o principal benefício dos produtos biológicos. Temos na verdade um aumento de eficiência e não a diminuição de demanda”, completa Cardoso Júnior, ao lembrar que há um estímulo nacional para diminuição da dependência externa.
De acordo com a Produce, é exatamente essa dependência do mercado externo, que causa a necessidade de uma relação estreita com o fornecedor, capaz de gerar confinaça no produto e garantir preços competitivos. “Ter parceiros em que se pode confiar, dada a complexidade e oscilação da oferta de preços e disponibilidade, é a certeza de ter o produto disponível na hora da aplicação. Outro fator importante que avaliamos é a capacidade do fornecedor de oferecer soluções inovadoras, fugindo do tradicional. Acreditamos que é papel da Produce levar soluções mais eficientes e sustentáveis para o campo, para isso, nossos fornecedores e parceiros realizam essas pesquisas e validação antes de lançar esses produtos no mercado, garantindo produtos e soluções que realmente entregam o que prometem para o produtor rural”, finaliza.
Fonte: portaldoagronegocio