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Agronegócio

Fatores internos e externos pressionam os preços do trigo no Brasil para baixo: entenda os motivos

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De um modo geral, as lavouras de trigo se desenvolvem dentro da normalidade no Brasil. Com um aumento de área nas principais regiões produtoras, a expectativa é de uma safra cheia. A oferta interna é uma das três variáveis formadoras de preços no cenário doméstico.

As outras duas são câmbio e preços internacionais. No cenário externo, sentindo a pressão do ingresso da safra do Hemisfério Norte, as cotações nas Bolsas norte-americanas fecharam, ontem, no menor patamar desde o final de maio. No câmbio, depois de fechar o mês de julho com uma média de R$ 4,80, a moeda norte-americana volta a flertar com o patamar psicólogo de R$ 5,00. Se considerado o acumulado em agosto, o dólar valorizou 4% em relação ao real, enquanto queda do trigo em Kansas – referência para o trigo pão no Brasil – foi de 15%. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Elcio Bento, a força baixista externa é mais forte do que a altista da taxa cambial.

Paraná

O Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná, informou, em seu relatório semanal, a colheita atingiu 1% da área cultivada de 1,396 milhão de hectares. A área deve ser 13% maior do que em 2022, quando cultivou 1,237 milhão de hectares. Segundo o Deral, 83% das lavouras estão em boas condições, 15% em situação média e 2% em situação ruim, com 21% em crescimento vegetativo, 19% em floração, 35% em frutificação e 25% em maturação. No dia 7 de agosto, 90% das lavouras estavam em boas condições, 9% em situação média e 1% em situação ruim, divididas entre as fases de crescimento vegetativo (25%), floração (24%), frutificação (34%) e maturação (17%).

Rio Grande do Sul

Após a finalização do plantio, as lavouras de trigo se desenvolvem dentro da normalidade no Rio Grande do Sul. Segundo a Emater/RS, 84% estão em germinação ou desenvolvimento vegetativo, 14% em floração e 2% em enchimento de grãos. Isso indica que ainda há um longo período pela frente até o início da colheita. Os produtores realizam os trabalhos de controles de pragas e doenças.

Argentina

Desde a semana passada, o clima favoreceu a emergência e o desenvolvimento das lavouras no centro e no leste de Buenos Aires. Do centro ao norte, condições climáticas extremas afetam negativamente as condições. A Bolsa de Cereais de Buenos Aires, estima a área em 6 milhões de hectares.

As lavouras argentinas se dividem entre condições boas ou excelentes (20%), normais (65%) e regulares ou ruins (15%). Na semana passada, eram 21%, 64% e 15%, respectivamente. Em igual momento do ano passado, 19%, 63% e 18%. O déficit hídrico atinge 32% das plantas. Na semana passada, eram 29%. Em igual momento do ano passado, 29%.

Fonte: portaldoagronegocio

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