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Agronegócio

Exportações mundiais de café atingem 104 milhões de sacas de 60kg no período de outubro de 2021 a julho de 2022

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Exportações mundiais de café atingem 104 milhões de sacas de 60kg no período de outubro de 2021 a julho de 2022

As exportações de café em nível mundial, no acumulado de dez meses seguidos, de outubro de 2021 a julho de 2022, considerando o volume total de sacas de 60kg vendidas pelas quatro grandes regiões produtoras do planeta, América do Sul, Ásia & Oceania, África, e México & América Central, totalizaram um volume físico equivalente a 104,81 milhões de sacas, o que representa uma média mensal próxima de 10,5 milhões de sacas.

Caso seja feita uma avaliação comparativa da performance das exportações de cada uma dessas quatro regiões produtoras, de todas as formas de cafés, do período em foco de dez meses, com seu respectivo período anterior, de outubro de 2020 a julho de 2021, constata-se que as vendas aos importadores, especificamente da América do Sul, no caso, reduziram em torno de 8,5%, ao atingirem o volume físico de 42,24 milhões de sacas de 60kg, o qual representa aproximadamente 40% das exportações mundiais no ano-cafeeiro 2021-2022.

Esse desempenho da América do Sul pode ser atribuído principalmente às exportações dos Cafés do Brasil, que registraram uma queda de aproximadamente 16%, ao passarem de 37,22 milhões de sacas para 31,98 milhões de sacas, enquanto que as vendas ao exterior da Colômbia caíram menos de 3%, de um total de 10,59 milhões de sacas para 10,28 milhões de sacas, na mesma base comparativa de dez meses seguidos.

Antes de prosseguir e completar estas análises das quatro regiões produtoras mundiais, com destaque para o desempenho do período acumulado de dez meses, de outubro a julho, no caso dos dois anos-cafeeiros seguidos, convém esclarecer que tal estudo tem como base e fonte principal de consulta o Relatório sobre o mercado de Café – agosto 2022, da Organização Internacional do Café – OIC, que está disponível na íntegra no Observatório do Café do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café.

Vale também informar que a Organização Internacional do Café – OIC considera e agrupa, nos seus respectivos relatórios e estudos em nível mundial, as quatro grandes regiões produtoras de cafés mencionadas anteriormente: Ásia & Oceania, México & América Central, África e América do Sul. E ainda que o ano-cafeeiro da Organização compreende o período de outubro a setembro, daí o fato de essa análise contemplar os dez meses em destaque.

Prosseguindo com tal análise, com destaque para a Ásia & Oceania, verifica-se que essa grande região produtora, nos dez primeiros meses do ano-cafeeiro 2021-2022, registrou exportações de 37,6 milhões de sacas de 60kg, volume que representa 36% das exportações mundiais no período, e, ainda, um aumento de 16%, na comparação com o mesmo período anterior. Essa performance foi alcançada graças às exportações do Vietnã que cresceram 17,9%, e, assim, atingiram 24,71 milhões de sacas. Nesta mesma região e período analisado, as exportações da Índia cresceram 28,9%, ao somarem o volume físico de 6,07 milhões de sacas. Da mesma forma, as exportações da Indonésia também aumentaram, mas apenas 0,2%, e totalizaram 5,59 milhões de sacas.

Com relação à África, nos dez primeiros meses do ano-cafeeiro objeto desta análise, constata-se que as exportações totalizaram 11,36 milhões de sacas, que representam 11% das exportações mundiais, a despeito de esse volume expressar uma ligeira queda próxima de 4%, em relação ao mesmo período anterior. Neste contexto, vale também registrar que nessa grande região produtora de café, as exportações da Tanzânia, nos 10 primeiros meses em tela, registraram apenas 0,84 milhão de sacas vendidas. E, por fim, que as exportações da Etiópia, no mesmo período, aumentaram 6,4% e somaram 3,25 milhões de sacas de 60kg.

Registre-se ainda que o México & América Central venderam para os importadores, nos dez primeiros meses do ano-cafeeiro corrente 13,6l milhões de sacas, que equivalem a 13% das exportações mundiais no período em análise, mas que representam um declínio de 5,6% na comparação com o acumulado dos dez primeiros meses do ano-cafeeiro anterior. Tal redução é atribuída, em grande parte, a Honduras que, no período comparativo em análise, exportou 4,28 milhões de sacas, número que ficou 17,9% abaixo da performance anterior.

Para concluir estas análises das exportações de café em nível mundial, vale explicitar os dados do café solúvel, pois tal tipo de café industrializado foi exportado por diferentes países das quatro regiões produtoras em tela, atingindo o volume físico equivalente a 10,04 milhões de sacas, as quais corresponderam a aproximadamente 10% do total de café exportado no mundo. Nesse contexto, o Brasil, à semelhança do café verde, é também o maior exportador de café solúvel, tendo vendido ao exterior o equivalente a 3,26 milhões de sacas nos 10 primeiros meses. Em segundo lugar, destaca-se a Índia, e, em terceiro, a Indonésia, que exportaram, respectivamente, 2,0 milhões de sacas e 1,48 milhão de sacas de 60kg, no ano cafeeiro de 2021-2022.

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