Depois de registrar avanço substancial nas exportações de carne de frango em fevereiro, o Brasil deve ter um desempenho para os embarques em março vigoroso, segundo análise divulgada pelo banco Itaú BBA. O país segue até o momento sem casos de influenza aviária, e apesar das incertezas a respeito da possível entrada do vírus no Brasil e de sua propagação, caso o status livre doa doença no país permaneça, isso deve favorecer as exportações.
“Embora seja incerta a dimensão dos possíveis impactos caso a Influenza Aviária seja introduzida no país, isso dependerá muito de como o setor e as esferas governamentais conduzirão os processos necessários. Dado o alto poder de transmissão entre aves, a velocidade e a maneira correta de se fazer o isolamento e eliminação das aves doentes juntamente daquelas no raio determinado para o sacrifício é muito importante. Além desta primeira etapa fundamental, uma vez contido o surto, o ideal é que se busque a regionalização da área afetada no sentido de evitar umembargo mais amplo”, detalha o reporte.
Ainda sobre a relação das exportações e da ameaça da gripe aviária, o relatório aponta que o adido do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês) no Brasil projeta que a produção brasileira de carne de frango deve se expandir 2,5% no ano, alcançando 14,8 milhões de toneladas, e as exportações, 3,4% de alta, chegando em 4,6 milhões de toneladas. Para os analistas do Itaú BBA, este cenário é “conservador” para os embarques caso o Brasil siga sem casos de influenza aviária.
De forma geral, a pressão nas margens de lucro no setor avícola devem acarretar em uma desaceleração nos alojamentos de pintinhos de corte. Entretanto, o ritmo firme das exportações podem fazer podem amenizar esta moderação nos alojamentos.
“Em tese, o período mais difícil para os preços da proteína, que é o início de ano, já ficou para trás e nos últimos dois anos o avanço dos preços ganhou tração até o segundo semestre”, conforme a análise.
Fonte: portaldoagronegocio