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Agronegócio

Exportações Chinesas em Alta Impulsionam Economia, mas Desaceleração nas Importações Preocupa

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As exportações da China registraram em agosto o crescimento mais rápido em quase 18 meses, uma sinalização de que os fabricantes estão acelerando o envio de produtos antes da imposição de novas tarifas por parte de um crescente de parceiros comerciais. No entanto, as importações ficaram aquém do esperado, refletindo a fraca demanda interna.

Esses dados comerciais, que revelam uma dinâmica mista, ressaltam o desafio enfrentado por Pequim ao tentar estimular o sem depender excessivamente das exportações. As autoridades chinesas precisam equilibrar essa equação enquanto enfrentam um cená global cada vez mais complexo.

De acordo com dados alfandegários divulgados nesta terça-feira, as exportações da segunda maior economia do mundo cresceram 8,7% em agosto em comparação ao mesmo período do ano anterior, o ritmo mais acelerado desde março de 2023. O resultado superou a previsão de 6,5% feita por economistas consultados pela Reuters, além de ultrapassar o aumento de 7% registrado em julho.

No entanto, as importações cresceram apenas 0,5%, um número abaixo da expectativa de alta de 2%, e bem distante dos 7,2% registrados no mês anterior.

“O bom desempenho das exportações e o superávit comercial são fatores positivos para o crescimento econômico no terceiro trimestre e ao longo de 2024”, avaliou Zhou Maohua, pesquisador macroeconômico do China Everbright Bank. Contudo, ele alertou que o ambiente econômico e geopolítico global continua desafiador, com as exportações chinesas enfrentando barreiras significativas.

A dependência crescente das exportações tem sido motivo de preocupação para economistas, que temem que o país não atinja sua meta de crescimento sem estímulos adicionais. Dados recentes indicam fraqueza em outros setores, o que pode aumentar a pressão sobre as autoridades para implementar mais medidas de apoio à economia.

“Embora o forte desempenho nas exportações seja um alívio, ele pode acabar adiando medidas de suporte de curto prazo. Ainda assim, acreditamos que ações mais ousadas serão necessárias no quarto trimestre”, afirmaram analistas do Nomura em uma nota.

Além disso, o aumento das barreiras comerciais é um obstáculo adicional para o ímpeto das exportações chinesas. O superávit comercial da China com os Estados Unidos, por exemplo, cresceu para US$ 33,81 bilhões em agosto, em comparação com US$ 30,84 bilhões no mês anterior. Esse desequilíbrio tem sido repetidamente apontado por Washington como um reflexo das vantagens unilaterais obtidas pela China no comércio bilateral.

A política comercial da União Europeia também segue uma linha mais protecionista. As negociações de Pequim para reduzir as tarifas sobre veículos elétricos não têm avançado como esperado. Em paralelo, o recentemente anunciou uma tarifa de 100% sobre veículos elétricos chineses, além de uma tarifa de 25% sobre o aço e o alumínio, aumentando ainda mais a pressão sobre as exportações da China.

Fonte: portaldoagronegocio

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