Como era esperado, os embarques de carne de frango in natura da segunda semana de maio (7 a 13, cinco dias úteis) sofreram diluição em relação à semana inicial do mês (1 a 6, quatro dias úteis). Mas o recuo ficou bem acima do esperado, pois a média diária retrocedeu mais de 30%, passando de 25.881 toneladas/dia na primeira semana para 17.910 toneladas/dia na semana passada.
Em decorrência, a média diária dos nove primeiros dias úteis de maio se encontra agora em 21.421 toneladas, resultado que representa retrocesso de 5,5% sobre o mês anterior, mas aumento de 18% em relação a maio de 2022.
O retrocesso em relação ao mês anterior não tem o menor significado. Pois abril foi mês mais curto, com apenas 18 dias úteis. Assim, ainda que a média diária de maio corrente seja menor, o total mensal tende a ser superior. Ou, demonstrando, pode passar das 408 mil toneladas em abril (volume divulgado pela SECEX-ME no início deste mês) para algo em torno das 470 mil toneladas – o que, se confirmado, irá representar aumento de mais de 15% sobre maio de 2022.
Mas independentemente do que possa ocorrer, o importante é que – faltando ainda 13 dias úteis para completar o mês de maio – o volume acumulado no ano (perto de 1.847 milhão de toneladas de carne de frango in natura) já se iguala e supera ligeiramente (+1,08%) o total exportado nos cinco primeiros meses do ano passado (gráfico abaixo, à direita).
A lamentar, apenas, o contínuo recuo do preço médio, agora mais de 5% inferior ao registrado há um ano. Mas isso não interfere na receita, que tende a superar os US$900 milhões, podendo até ultrapassar em cerca de US$100 milhões os US$835 milhões obtidos em maio de 2022.
Fonte: portaldoagronegocio