O resultado teria sido positivo se, como ocorreu no ano anterior, as exportações do segundo semestre tivessem aumentado perto de 3% em relação ao semestre inicial do ano. Mas, tudo indica, o registro de casos de Influenza Aviária em território norte-americano, mesmo não afetando a produção de carne de frango, afetou as exportações. Com isso, o resultado do segundo semestre de 2022 ficou 2,5% abaixo do que foi registrado no mesmo período de 2021.
O curioso, neste caso, é que o volume apontado pelo USDA para o período – pouco mais de 1,650 milhão de toneladas – foi, com diferença mínima, o mesmo registrado na primeira metade do ano, com acréscimo de apenas 0,25% (perto de 418 toneladas a mais).
O total exportado em 2022 correspondeu ao mais fraco resultado dos últimos três anos. Ou seja: voltou a ficar aquém não só do que foi registrado em 2020 e 2021 (este, recorde do setor em todos os tempos), mas também abaixo do que foi exportado em 2013 e 2014. Notar, neste caso (gráfico abaixo, à direita) que as quedas enfrentadas em 2015 e 2016 foram decorrência, também, de surtos de Influenza Aviária ocorridos na avicultura norte-americana.
Transmitidas essas informações falta agora, esclarecer por que os dados do USDA são incompletos, afirmação inicial desta matéria. É que em suas estatísticas o órgão exclui, normalmente, as exportações de pés/patas de frango, item que (após a reabertura do mercado chinês em 2019), os EUA vêm exportando em grandes volumes.
Dessa forma, o total efetivamente exportado é maior que o divulgado. Pode, até ter representado novo recorde, pois as exportações pelo país de pés/patas de frango vêm sendo bastante significativas.
Fonte: portaldoagronegocio