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Agronegócio

Etanol/Argentina: USDA em Buenos Aires estima recorde de consumo interno em 2022, em 1,1 bilhão de litros

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Etanol/Argentina: USDA em Buenos Aires estima recorde de consumo interno em 2022, em 1,1 bilhão de litros

O consumo interno de etanol na Argentina para 2022 foi estimado em 1,1 bilhão de litros, volume recorde, segundo o escritório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em Buenos Aires. Segundo a entidade, a revisão levou em consideração o aumento da demanda por gasolina e uma taxa de mistura mais alta (atualmente em 12%, divididos igualmente entre etanol de milho e de cana-de-açúcar).

Segundo o escritório do USDA, as principais razões para um maior consumo incluem uma reativação da economia doméstica após dois anos de paralisações relacionadas à pandemia e pelo impulso dos preços dos combustíveis. A produção deve alcançar 1,08 bilhão de litros em 2022, um volume semelhante ao produzido antes da pandemia e 7% maior do que em 2021, segundo as estimativas.

O órgão ainda destacou que a economia da Argentina “continua prejudicada por um déficit fiscal crescente, crescimento lento e inflação muito alta”. Nesse cenário, fornecedores de etanol e biodiesel reduziram seu ritmo de vendas devido a custos mais elevados e retornos negativos. “O governo reagiu e aumentou o preço oficial do biodiesel e do etanol de milho e, posteriormente, reajustou o preço do etanol de cana-de-açúcar”, explicou o escritório do USDA.

Há vários anos, os produtores de etanol da Argentina pressionam para aumentar a taxa obrigatória de mistura do biocombustível na gasolina de 12% para 15%. Na avaliação do USDA, essa mudança seria “conveniente para toda a cadeia”. “O governo poderia importar menos gasolina, as petroleiras comprariam etanol mais barato e a indústria do etanol operaria a plena capacidade”, avalia a entidade.

Diesel

Por outro lado, a produção de biodiesel em 2022 deve continuar a se recuperar após dois anos muito ruins, avalia o escritório do USDA em Buenos Aires. A baixa dos últimos anos foi causada pela redução da demanda geral de diesel durante a pandemia de covid-19 e pelo fato de a Argentina não anunciar nenhum investimento em uma nova planta de biocombustíveis em 2022. “A última adição foi a expansão da capacidade da maior planta de etanol de milho na província de Córdoba”, pontua o USDA.

O consumo sob a atual legislação está previsto em 920 milhões de litros, “mas pode ser maior se o governo estender o requisito temporário de mistura de 5% para ajudar a reduzir a atual escassez de diesel”, observa o escritório do USDA. Já a produção deve ser de 2,1 bilhões de litros, 7% maior do que o registrado no ano passado, mas abaixo do que o país atingia antes da pandemia.

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