Nesta segunda-feira, 19 de agosto, a BP Bunge Bioenergia, referência nacional em açúcar, etanol e bioeletricidade, participou do Workshop Brasil-Japão de Biocombustíveis, realizado em São Paulo. O evento foi promovido em cooperação entre a Associação Brasileira da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (UNICA), o Instituto de Economia e Energia do Japão, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil, com o apoio da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
Ricardo Carvalho, Diretor Comercial e de Originação da BP Bunge, integrou um dos painéis do workshop, abordando as tendências e perspectivas do setor de biocombustíveis. O painel discutiu iniciativas e projetos de biocombustíveis desenvolvidos tanto por empresas brasileiras quanto japonesas, focando nos desafios e oportunidades emergentes na área.
Carvalho destacou o papel estratégico do etanol na transição energética global. Segundo ele, o etanol é uma solução disponível e eficiente para a redução de emissões de carbono, um problema que preocupa governos e corporações em todo o mundo. “Embora existam várias vias para a transição energética, o etanol se destaca por ser uma solução já implementada e produzida globalmente, com potencial para diversas aplicações”, afirmou Carvalho.
O diretor ressaltou que o etanol de cana-de-açúcar possui uma eficácia ainda maior na redução da pegada de carbono, especialmente quando associado a práticas de agricultura sustentável, como a agricultura regenerativa, na qual a BP Bunge é pioneira no Brasil. Carvalho exemplificou com a ampliação do uso de bioinsumos nas plantações, uma alternativa que tem substituído fertilizantes minerais e contribuído significativamente para a redução da pegada de carbono.
O executivo também expressou otimismo quanto ao futuro do Brasil no mercado de biocombustíveis. “O Brasil já é um dos maiores exportadores de etanol do mundo, com mercados importantes como Estados Unidos e Europa focados no etanol como combustível, e Japão e Coreia usando-o na indústria de cosméticos e bebidas. Novidades como o SAF (combustível sustentável de aviação) abrem novas oportunidades e indicam um panorama positivo”, afirmou Carvalho.
Durante o evento, Carvalho destacou a capacidade do Brasil de atender a programas robustos como o do Japão sem necessidade de expandir a área de cultivo de cana-de-açúcar. “Atualmente, o Brasil está maximizando a produção de açúcar, mas poderia facilmente atender a metas de descarbonização da matriz aérea japonesa com a produção de etanol”, afirmou.
Adicionalmente, a BP Bunge recebeu em 2023 a certificação ISCC CORSIA (Carbon Offsetting and Reduction Scheme for International Aviation), atestando que seu etanol está conforme os padrões internacionais para a produção de biocombustível sustentável.
O workshop reforçou o papel crescente dos biocombustíveis na agenda global de sustentabilidade e a importância da colaboração internacional para avançar nesse setor.
Fonte: portaldoagronegocio