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Agronegócio

Estão disponíveis as agromensais de OUTUBRO/2022 do CEPEA

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Estão disponíveis as agromensais de OUTUBRO/2022 do CEPEA

Açúcar: Compradores estiveram mais ativos no mercado spot do estado de São Paulo em outubro, intensificando a demanda sobretudo pelo açúcar cristal do tipo Icumsa 150. A oferta, por outro lado, seguiu restrita, devido às chuvas, que dificultaram a colheita e, consequentemente, a moagem de cana-de-açúcar no estado paulista. Nesse cenário, os preços do cristal estiveram firmes em outubro. 

Algodão: Os valores internacionais e nacionais do algodão em pluma caíram de forma significativa em outubro. A preocupação quanto à demanda por pluma e produtos têxteis diante da possível recessão global influenciou a queda nos valores. Além disso, as retrações do dólar e da paridade de exportação reforçaram o movimento de desvalorização no Brasil, à medida que levaram algumas tradings a atuarem a preços mais competitivos ao longo do mês.

Arroz: Durante boa parte de outubro, um número maior de negócios foi realizado no mercado de arroz em casca do Rio Grande do Sul. Compradores estiveram mais ativos, mas sinalizaram dificuldades em encontrar o volume desejado. Vendedores, por sua vez, pediram preços mais elevados pelo cereal. Unidades de beneficiamento continuaram reportando dificuldades em repassar os custos da matéria-prima ao fardo, tanto no atacado quanto no varejo, mas já conseguiram trabalhar com novas tabelas de preços.

Boi: As exportações brasileiras de carne bovina in natura vêm se sustentando em patamares elevados ao longo deste ano. E depois de o volume embarcado ter ficado acima de 200 mil toneladas em agosto e em setembro, somou quase 190 mil toneladas em outubro.  Esse bom desempenho, contudo, não foi suficiente para impedir que o boi gordo se desvalorizasse em outubro no mercado interno.

Café: Os preços do café arábica recuaram com força ao longo de outubro, chegando a operar abaixo de R$ 1.000/saca de 60 kg, o que não acontecia desde agosto de 2021. No acumulado do mês (de 30 de setembro a 31 de outubro), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, posto na capital paulista, teve forte baixa de 280 Reais/saca (ou de 22%), encerrando o mês a R$ 1.005,33/saca de 60 kg. No dia 30, especificamente, o Indicador chegou a fechar a R$ 987,53/sc.

Etanol: Os preços médios dos etanóis hidratado e anidro, negociados no mercado spot do estado de São Paulo, fecharam outubro com forte avanço frente ao mês anterior. Considerando-se os Indicadores CEPEA/ESALQ das quatro semanas cheias de outubro, o hidratado teve média de R$ 2,6804/litro, elevação de 12,7% na comparação com a de setembro. No caso do anidro (somente mercado spot), a média do Indicador CEPEA/ESALQ foi de R$ 3,0336/litro em outubro, aumento de 6,66% sobre o do mês anterior.

Frango: Em outubro, as médias de preços da maior parte dos produtos de origem avícola foram inferiores às registradas em setembro. A queda nos valores se deve principalmente à elevada oferta interna da carne e à baixa liquidez observada ao longo do mês.

Milho: Os preços do milho encerraram outubro em alta, sustentados sobretudo pelas exportações aquecidas durante o mês. A demanda externa pelo cereal brasileiro esteve firme, com compradores atentos à redução da oferta na União Europeia e na China, onde as lavouras foram atingidas pela seca e há problemas com a logística, e aos embarques por meio do Mar Negro, devido ao aumento dos conflitos entre Rússia e Ucrânia. Além disso, na Argentina, a falta de chuvas no início do mês e as geadas no final do período também podem reduzir o potencial produtivo. 

Ovinos: Contrariando a expectativa do setor, em outubro, as cotações do cordeiro vivo e da carcaça recuaram em todas as praças acompanhadas pelo Cepea. A pressão veio da retração na demanda e do aumento da disponibilidade de animais no campo. Além disso, agentes também relataram a entrada de carne do Uruguai com preço mais competitivo.

Soja: A liquidez esteve lenta no mercado interno de soja em grande parte do mês de outubro, e os preços do grão recuaram, pressionados pela desvalorização externa. Além disso, os produtores brasileiros mantiveram as atenções voltadas à semeadura da temporada 2022/23 e evitaram negociar o excedente da safra 2021/22. Por outro lado, a demanda externa pelo produto brasileiro esteve firme em outubro, visto que problemas logísticos nos Estados Unidos – em decorrência do baixo nível do Rio Mississipi – levaram demandantes internacionais ao Brasil. 

Trigo: Em outubro, agentes do setor tritícola nacional estiveram atentos ao avanço da colheita no País e à qualidade desse cereal, sobretudo no Paraná, onde parte das lavouras foi prejudicada por chuvas significativas. Em Santa Catarina, estimativas indicaram aumento na produção, mas, na Argentina, o principal país fornecedor de trigo ao Brasil, os dados apontaram safra menor.  

Fonte: portaldoagronegocio

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