Açúcar: Neste período de encerramento da moagem da cana da safra 2022/23, a oferta do açúcar cristal branco para entrega imediata seguiu restrita em novembro, contexto que elevou os preços do adoçante no mercado spot do estado de São Paulo. Levantamento do Cepea mostra que a maioria das usinas paulistas havia encerrado a produção até o final de novembro, sendo poucas as que continuariam a moer a cana em dezembro.
Algodão: A cotação do algodão em pluma começou novembro abaixo dos R$ 5/libra-peso, mas reagiu, especialmente na primeira metade do mês, retomando os patamares observados no início de outubro/22. A sustentação veio da posição firme de vendedores, que estiveram atentos às altas da paridade de exportação e dos contratos negociados na Bolsa de Nova York (ICE Futures). Além disso, algumas indústrias mostraram necessidade imediata de adquirir novos lotes, enquanto uma parcela dos demandantes pagou valores maiores para a pluma de qualidade superior.
Arroz: Os preços do arroz em casca seguiram em alta em novembro, resultado dos bons volumes já exportados e da boa movimentação para novos negócios nos mercados interno e externo. O Indicador do arroz em casca CEPEA/IRGA-RS (58% de grãos inteiros, com pagamento à vista) registrou média de R$ 82,89/sc de 50 kg em novembro, 5,34% superior à de outubro/22 e significativo aumento de 27,19% frente ao mesmo período de 2021.
Boi: Os preços médios do boi gordo recuaram ao longo de novembro na maior parte das praças acompanhadas pelo Cepea, pressionados sobretudo pela maior oferta de animais para abate. Além do avanço na disponibilidade de boi de confinamento, típico para este período, a recente recuperação no número total de animais abatidos e o aumento na produtividade por cabeça, ambos evidenciados por dados oficiais do IBGE, reforçam o movimento de desvalorização da arroba.
Café: As cotações domésticas do café arábica oscilaram ao longo de novembro. O Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, posto na capital paulista, chegou a operar na mínima de R$ 930,62/saca de 60 kg no dia 9 e máxima de R$ 1.003,01/sc no dia 30.
Etanol: Nas cinco semanas cheias de novembro, a média do Indicador CEPEA/ESALQ do hidratado (estado de São Paulo) foi de R$ 2,8215/litro, elevação de 5,26% frente à do mês anterior. No caso do anidro, o Indicador CEPEA/ESALQ teve média de R$ 3,2467/litro no último mês, 7,03% superior ao de outubro.
Frango: Os preços da maioria dos produtos de origem avícola caíram em novembro nas regiões acompanhadas pelo Cepea. A pressão veio do enfraquecimento da demanda pela carne – ressalta-se que, nesta época do ano, a procura pelas proteínas bovina e suína e por aves natalinas tende a crescer em detrimento da carne de frango.
Milho: Enquanto as negociações nos portos estiveram aquecidas na maior parte de novembro, impulsionadas pela maior demanda externa, no interior do País, a liquidez foi baixa. Isso porque, atentos às valorizações nos portos e à espera de novas altas nos preços, agricultores priorizaram as vendas ao mercado externo e limitaram a disponibilidade do milho no spot nacional. Esse cenário, somado à maior presença de compradores, elevou os valores do cereal no mês.
Ovinos: Com a oferta de animais e de carne aumentando no mercado doméstico, as cotações do cordeiro vivo e da carcaça recuaram em novembro pelo segundo mês consecutivo em praticamente todos os estados acompanhados pelo Cepea – a exceção foi Mato Grosso do Sul. Segundo colaboradores consultados pelo Cepea, além da maior oferta, a demanda – que tipicamente se aquece entre outubro e dezembro, devido às festas de fim de ano – está abaixo do esperado pelo setor. Mesmo com o cenário de incertezas, produtores e indústrias esperam que a comercialização melhore em dezembro.
Soja: A comercialização da soja em grão esteve aquecida no mercado brasileiro em novembro, resultado da boa demanda. As elevações cambial e externa também deram suporte para as negociações. No início do mês, a maior procura internacional pela oleaginosa do Brasil esteve atrelada aos problemas logísticos nos Estados Unidos, em decorrência do baixo nível do rio Mississipi. Ao longo do mês, porém, demandantes do mercado externo foram redirecionados para os Estados Unidos, influenciados pela normalização na logística e pela finalização na colheita norte-americana da safra 2022/23.
Trigo: Em novembro, estimativas apontaram produções recordes de trigo no Brasil e no mundo. Por outro lado, em termos globais, o volume ainda ficará abaixo da demanda, pressionando os estoques pelo terceiro ano consecutivo.
Fonte: portaldoagronegocio