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Agronegócio

Especialistas sugerem medidas para impulsionar a produção nacional de fertilizantes

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Na recente audiência pública na Câmara dos Deputados, especialistas e legisladores uniram-se em defesa da aprovação de dois projetos de lei cruciais, que prometem reduzir a dependência do Brasil em relação à importação de fertilizantes. Esta iniciativa não apenas visa impulsionar a produção agropecuária sustentável, mas também fortalecer a competitividade do país.

O primeiro projeto em pauta, o PL 699/23, atualmente em análise na Câmara, propõe a criação do Programa de Incentivos à Indústria Nacional de Fertilizantes (Profert), enquanto o segundo, o PL 2308/23, regulamenta a produção de hidrogênio de baixa emissão de carbono, já aprovado pela Câmara e aguardando análise dos senadores.

Impulsionando a Sustentabilidade e a Competitividade

“Aprovando esses projetos, fortaleceremos não apenas a indústria de fertilizantes nitrogenados, mas também promoveremos um setor energético mais sustentável no Brasil, através do uso do hidrogênio verde”, enfatizou a deputada Socorro Neri (PP-AC), que propôs o debate realizado pela Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável nesta segunda-feira (27).

A parlamentar lembrou que o Brasil importa cerca de 87% de todos os fertilizantes utilizados no agronegócio, sendo essenciais aqueles que possuem nitrogênio em sua composição. Contudo, a produção convencional desses fertilizantes acarreta em altas emissões de carbono, enquanto o uso de hidrogênio de baixo carbono pode amenizar significativamente essas emissões.

Urge a Aprovação e o Investimento

Jose Carlos Polidoro, assessor executivo do Ministério da Agricultura e Pecuária, ressaltou a urgência da aprovação do Profert. “Este programa será a alavanca econômica necessária para atrair investimentos na produção de fertilizantes, gerando impactos positivos em diversas cadeias produtivas”, defendeu Polidoro.

Alexandre Alonso Alves, chefe-geral da Embrapa AgroEnergia, complementou destacando que o Brasil já dispõe de tecnologias capazes de reduzir a dependência externa de fertilizantes. “A fixação biológica de nitrogênio, por exemplo, uma tecnologia desenvolvida pela Embrapa, além de gerar economia para os produtores, contribui para a redução das emissões de gás carbônico”, enfatizou Alves.

Liderando uma Nova Indústria

Fernanda Delgado, diretora-executiva da Associação Brasileira da Indústria de Hidrogênio Verde (ABIHV), enfatizou que a mudança na base da fertilização brasileira é crucial para se alinhar com a nova ordem econômica mundial verde. “É hora de deixarmos para trás políticas do passado e nos tornarmos protagonistas de uma nova indústria, baseada em tecnologias sustentáveis como o hidrogênio verde e fertilizantes nitrogenados”, destacou Delgado.

A deputada Socorro Neri informou que um relatório da audiência será encaminhado aos integrantes do governo e aos relatores dos projetos de lei relacionados, a fim de contribuir com o debate e a aprovação das propostas.

Fonte: portaldoagronegocio

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