As entregas de fertilizantes no Brasil atingiram um patamar recorde em julho, totalizando 4,62 milhões de toneladas. Esse volume representa um aumento de 3,2% em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados divulgados nesta quinta-feira pela Associação nacional para Difusão de Adubos (Anda). O número de entregas, realizado em um momento em que os agricultores se preparavam para o plantio da safra 2024/25, foi o mais elevado desde outubro do ano passado, quando foram registradas 4,7 milhões de toneladas.
Embora o total acumulado de fertilizantes entregues até julho tenha sido de 22,9 milhões de toneladas, o que representa uma queda de 0,8% em comparação ao mesmo período do ano anterior, os dados sugerem uma recuperação nas vendas. Essa tendência ocorre apesar do aumento nos custos dos adubos e das margens mais estreitas para os agricultores devido à redução nos preços das commodities de soja e milho, conforme análise do Rabobank publicada em meados de setembro.
Na mesma análise, o Rabobank revisou sua previsão de entregas para o Brasil, projetando um total de 45,5 milhões de toneladas para o ano, o que representa uma diminuição de 0,7% em relação a 2023.
No que diz respeito às importações, o Brasil importou, entre janeiro e julho, 20,5 milhões de toneladas de fertilizantes, uma alta de 0,7% em relação ao mesmo período do ano passado, correspondendo a 89,5% das entregas realizadas. Em julho, as importações dispararam 19,8%, totalizando 3,76 milhões de toneladas. A produção nacional, por sua vez, somou 3,67 milhões de toneladas nos primeiros sete meses do ano, apresentando uma queda de 2,3% em comparação ao mesmo período do ano anterior.
Fonte: portaldoagronegocio