A programação de embarques de açúcar nos portos brasileiros registrou uma queda, com o total de navios aguardando para carregar a commodity diminuindo de 93 para 89 na semana encerrada em 12 de junho, segundo levantamento da agência marítima Williams Brasil. O volume de açúcar agendado para carregamento também caiu para 3,727 milhões de toneladas, comparado às 4,038 milhões de toneladas da semana anterior.
Principais Portos de Embarque:
- Porto de Santos (SP): Carregará a maior parte, com 2,835 milhões de toneladas.
- Porto de Paranaguá (PR): Com 680.994 toneladas.
- Porto de São Sebastião (SP): Com 176.650 toneladas.
- Porto de Imbituba (SC): Com 17.000 toneladas.
- Porto de Recife (PE): Com 17.054 toneladas.
A carga de açúcar destinada à exportação consiste em sua maior parte da variedade VHP (3,615 milhões de toneladas), seguida por TBC (72 mil toneladas) e Refinado A45 (38,8 mil toneladas). O relatório da Williams Brasil considera tanto as embarcações já ancoradas quanto aquelas em largo ou previstas para chegar até 2 de agosto.
Desempenho das Exportações
De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), a receita diária média obtida com as exportações brasileiras de açúcar e melaços alcançou US$ 56,732 milhões em junho, com cinco dias úteis. O volume médio diário de exportações foi de 117,357 mil toneladas no mês.
Em junho, foram exportadas 586.787 toneladas de açúcar, gerando uma receita de US$ 283 milhões, com um preço médio de US$ 483,40 por tonelada. Comparando com a média diária de junho de 2023, que foi de US$ 67,999 milhões, houve uma queda de 16,6% no valor obtido diariamente pelas exportações de açúcar em junho de 2024. Em termos de volume, houve um recuo de 14,1% em relação às 136,582 mil toneladas embarcadas diariamente em junho de 2023. O preço médio por tonelada também caiu 2,9%, ante os US$ 497,90 verificados em junho de 2023.
Esses dados refletem um cenário desafiador para as exportações de açúcar do Brasil, com reduções tanto no volume quanto na receita média diária, sinalizando a necessidade de ajustes estratégicos no setor.
Fonte: portaldoagronegocio