- O valor do quilo da banana (prata e nanica/caturra) aumentou em 15 das 17 capitais, e as elevações oscilaram entre 0,14%, em Belém, e 16,29%, em Vitória. Em Natal (-5,05%) e João Pessoa (-2,42%), houve quedas. Em 12 meses, a fruta apresentou alta de até 70,24% em Belo Horizonte. A menor oferta dos tipos de banana, diante de uma demanda firme, elevou o preço no varejo.
- Houve queda do preço da batata em todas as cidades na região Centro-Sul, onde o tubérculo é pesquisado. A oferta foi normalizada em virtude da colheita da safra de inverno. As reduções mais expressivas foram registradas no Rio de Janeiro (-24,76%) e em Brasília (-22,46%). Em 12 meses, porém, as cidades apresentaram taxas positivas. Em São Paulo, a batata dobrou de preço.
- O quilo do tomate diminuiu de preço em todas as capitais entre junho e julho. As taxas oscilaram entre -34,75%, no Rio de Janeiro, e -5,61%, em Belém. Em 12 meses, 12 cidades apresentaram variações positivas, entre 0,17%, em Florianópolis, e 117,73%, em Recife. Em outras cinco capitais houve queda de valor: Belo Horizonte (-12,10%), Rio de Janeiro (-7,38%), Porto Alegre (-7,28%), Vitória (-3,95%) e Goiânia (-0,37%). A maturação rápida dos frutos elevou a oferta e os preços caíram.
- A pesquisa captou diminuição no preço do óleo de soja em todas as cidades, exceto em Vitória (0,49%). As quedas mais expressivas foram registradas em Belém (-11,72%), Aracaju (-9,43%) e Natal (-6,30%). Em 12 meses, o produto subiu em todas as cidades, com percentuais que variaram entre 17,75%, em Belo Horizonte, e 62,24%, em Curitiba. Os preços internacionais da soja caíram, em virtude da menor demanda dos EUA e da China. Internamente, a oferta maior e a menor demanda, devido aos altos patamares dos preços do óleo no varejo, explicaram o decréscimo do valor médio.
São Paulo
Em julho de 2022, a cesta básica da cidade de São Paulo apresentou queda de -2,13% em relação a junho. Foi a mais cara entre as capitais pesquisadas e atingiu o valor de R$ 760,45. Em comparação com julho de 2021, a cesta teve elevação de 18,73%. Na variação acumulada ao longo do ano, o aumento foi de 10,13%. Em julho, entre os 13 produtos que compõem a cesta básica, cinco tiveram aumento nos preços médios na comparação com o mês anterior: leite integral (23,18%), banana (5,29%), farinha de trigo (4,91%), manteiga (3,58%) e pão francês (1,47%).
Outros oito itens apresentaram redução: tomate (-24,19%), batata (-13,93%), carne bovina de primeira (-2,81%), óleo de soja (-2,46%), arroz agulhinha (-2,24%), café em pó (-1,35%), feijão carioquinha (-1,14%) e açúcar refinado (-0,72%). No acumulado dos últimos 12 meses, foram registradas elevações em 12 dos 13 produtos da cesta: batata (100,00%), café em pó (64,42%), leite integral (56,90%), banana (33,11%), farinha de trigo (32,35%), óleo de soja (30,21%), feijão carioquinha (25,23%), manteiga (22,15%), açúcar refinado (20,29%), pão francês (20,28%), carne bovina de primeira (4,41%) e tomate (1,04%). Apenas o arroz agulhinha acumulou taxa negativa (-4,62%).
Em julho, o trabalhador de São Paulo, remunerado pelo salário mínimo de $ 1.212,00, precisou trabalhar 138 horas e 02 minutos para adquirir a cesta básica. Em junho de 2022, o tempo de trabalho necessário foi de 141 horas e 02 minutos, e, em julho de 2021, de 128 horas e 06 minutos. Considerando o salário mínimo líquido, em julho de 2022, após o desconto de 7,5% da Previdência Social, o trabalhador precisou comprometer 67,83% da remuneração para adquirir os produtos da cesta básica, que é suficiente para alimentar um adulto durante um mês. Em junho de 2022, o percentual foi de 69,31% e, em julho de 2021, ficou em 62,95%.
As informações são do relatório mensal da Dieese