Nesta terça-feira, 15 de outubro, o dólar iniciou o dia em alta, refletindo a cautela dos mercados globais que aguardam a divulgação de resultados financeiros de grandes empresas dos Estados Unidos. Essa expectativa surge em meio a uma agenda econômica menos intensa, tanto no cenário internacional quanto no nacional.
Dentre os principais destaques do dia, estão os balanços de importantes instituições do setor bancário americano, como Bank of America, Citigroup e Goldman Sachs. Os investidores observam com atenção esses resultados, que são fundamentais para entender o desempenho da economia norte-americana e para moldar as expectativas para os próximos meses. Este cenário é ainda mais significativo, dado que o Federal Reserve (Fed) iniciou um ciclo de cortes nas taxas de juros, atualmente fixadas entre 4,75% e 5,00% ao ano.
No Brasil, a atenção dos investidores também se concentra nas declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e do presidente eleito do Banco Central, Gabriel Galípolo. Ambos participaram de um evento em São Paulo na segunda-feira, 14, onde discutiram questões relacionadas à política fiscal e monetária.
Cotações do Dólar
Por volta das 9h, a cotação do dólar registrava um aumento de 0,23%, sendo negociada a R$ 5,5948. No dia anterior, a moeda americana havia recuado 0,58%, encerrando o dia a R$ 5,5821. Com isso, o desempenho acumulado da moeda apresenta uma queda de 0,58% na semana, um avanço de 2,48% no mês e um ganho de 15,04% no ano.
Ibovespa
O principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) começará suas operações às 10h. Na véspera, o índice subiu 0,78%, fechando aos 131.005 pontos. Com esse resultado, o Ibovespa acumula uma alta de 0,78% na semana, perdas de 0,62% no mês e um recuo de 2,37% no ano.
Fatores que Movimentam o Mercado
O mercado financeiro brasileiro permanece atento às declarações de Haddad e Galípolo, proferidas durante o evento Itaú Macrovision. O ministro da Fazenda indicou que o governo pode realizar uma nova revisão nas projeções de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2024. Em setembro, a estimativa já havia sido revisada para cima, passando de 2,5% para 3,2%.
Haddad também destacou que a equipe econômica está analisando todas as alternativas técnicas para viabilizar a reforma do Imposto de Renda, mas enfatizou que o processo ainda requer mais tempo para sua conclusão. Por sua vez, Galípolo adotou um tom cauteloso em relação à condução da política monetária, ressaltando que a gestão da taxa Selic exigirá prudência, especialmente após os dados recentes da atividade econômica brasileira terem superado as expectativas.
O Índice de Atividade Econômica (IBC-BR), considerado uma prévia do PIB, registrou crescimento de 0,2% em agosto, revertendo a queda de 0,4% do mês anterior. Comparado a agosto de 2023, o indicador apresentou alta de 3,1%. No acumulado do ano até agosto de 2024, o crescimento foi de 2,9%.
Na ata de sua última reunião, em que o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a Selic em 0,25 ponto percentual, para 10,75% ao ano, o comitê destacou que a atividade econômica e o mercado de trabalho continuam apresentando um “dinamismo maior que o esperado”.
Fonte: portaldoagronegocio