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Dólar estável em relação ao Real: por que a moeda americana se mantém próxima de R$5,40?

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O se manteve estável frente ao real nas negociações desta quinta-feira, permanecendo próximo da marca de R$5,40. Esse comportamento seguiu os fortes ganhos da véspera, motivados por preocupações com o cenário fiscal brasileiro, que superaram o aumento do apetite por risco no exterior.

Às 9h36, o dólar à vista recuava 0,05%, sendo vendido a R$5,4008. Na B3, o contrato futuro de dólar para o primeiro vencimento subia 0,14%, negociado a R$5,419.

“O governo fracassou em todas as suas tentativas até agora de apresentar um plano crível para a execução do arcabouço fiscal”, afirmou Matheus Spiess, analista da Empiricus Research. “Até que nós tenhamos um vetor claro e confiável de que as coisas vão caminhar de volta para um ajuste, vamos continuar tendo essa pressão”, acrescentou.

Na quarta-feira, o dólar registrou fortes ganhos frente ao real, impulsionado por preocupações fiscais. Esse movimento foi intensificado após uma derrota do governo no início da semana em sua tentativa de compensar a desoneração da folha de pagamentos, revelando uma percepção de fraqueza do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, dentro do governo.

Na terça-feira, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), anunciou a decisão de devolver ao presidente Luiz Inácio Lula da trechos da Medida Provisória do PIS-Cofins que restringiam a compensação de créditos do tributo. Essa decisão foi vista como uma derrota para o governo, particularmente para Haddad, que esperava cobrir perdas de arrecadação com a manutenção da desoneração da folha. A expectativa era de que a MP gerasse um aumento de R$29 bilhões na arrecadação em 2024.

O -estar em torno da situação fiscal brasileira foi exacerbado por declarações do presidente Lula no dia seguinte, durante um evento com investidores no Rio de Janeiro. Lula afirmou que o aumento da arrecadação e a queda na taxa de permitiriam uma redução do déficit nas contas públicas sem impactar os investimentos.

No pico da sessão anterior, às 10h57, o dólar foi cotado a R$5,4303, uma alta de 1,32%. Esse movimento ocorreu apesar de, no exterior, o dólar ter recuado diante de um maior otimismo dos investidores com relação às futuras taxas de juros do Federal Reserve.

O Departamento do Trabalho dos EUA informou na quarta-feira que o índice de preços ao consumidor (CPI) ficou inalterado em maio, após um aumento de 0,3% em abril. Economistas consultados pela Reuters projetavam um aumento mensal de 0,1%. Esses números foram bem-recebidos pelo mercado, aumentando as expectativas de que o Fed possa cortar os juros já em setembro.

O apetite por risco no exterior estava enfraquecido nesta manhã, com o índice do dólar – que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas – rondando a estabilidade, em 104,700. O euro era negociado a US$1,08005, em queda de 0,08% no dia.

Na véspera, o dólar à vista encerrou o dia cotado a R$5,4036, uma alta de 0,82%, atingindo o maior valor de fechamento desde 4 de janeiro de 2023.

Fonte: portaldoagronegocio

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