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Agronegócio

Dólar atinge R$ 6,16 com expectativas de novas altas na Taxa Selic pelo Copom

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O dólar iniciou o dia em forte alta nesta terça-feira (17), atingindo R$ 6,16, após investidores repercutirem a divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil. O Copom elevou a taxa Selic em 1 ponto percentual, alcançando 12,25% ao ano, e indicou que outras altas similares podem ocorrer nas próximas reuniões, previstas para os primeiros meses de 2025, levando a taxa a 14,25% ao ano.

A ata do Copom destacou que a recente valorização do dólar e a percepção negativa dos agentes econômicos sobre o pacote de corte de gastos proposto pelo governo foram fatores determinantes para a necessidade de novos aumentos da taxa de juros. O pacote, que visa economizar R$ 70 bilhões nos próximos dois anos, ainda não foi votado no Congresso Nacional, mas o governo espera sua aprovação antes do recesso de fim de ano.

Cotações do Dólar e Ibovespa

Às 09h08, o dólar estava cotado a R$ 6,15, com uma alta de 0,92%. No pico do dia, o valor alcançou R$ 6,1640. No dia anterior, a moeda norte-americana subiu 0,99%, atingindo R$ 6,0942, estabelecendo um novo recorde nominal, sem ajuste pela inflação. O índice Ibovespa, por sua vez, encerrou a véspera com queda de 0,84%, aos 123.560 pontos.

Pressões Inflacionárias e Expectativas de Novas Ações do Banco Central

O Comitê de Política Monetária do Banco Central enfatizou que o repasse do câmbio para os preços tende a ser mais intenso quando a demanda está forte, as expectativas de inflação estão desancoradas ou quando o movimento cambial persiste. O BC reforçou que continuará monitorando como a variação cambial e as condições financeiras impactam os preços e a atividade econômica.

Em relação ao pacote fiscal proposto pelo governo, que gerou reações no mercado financeiro, o BC observou que a percepção negativa dos agentes econômicos sobre as medidas afetou as expectativas de inflação, os preços de ativos e o prêmio de risco, o que contribuiu para o cenário de inflação mais adverso. Esse contexto exige uma postura monetária mais contracionista, com a possibilidade de novos aumentos na taxa de juros.

Fiscalização e Reforma Tributária

O cenário fiscal segue no centro das atenções dos investidores. Na segunda-feira (16), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que havia recebido alta hospitalar após cirurgia de emergência. Durante o encontro, Haddad abordou a reforma tributária e o pacote de cortes de gastos enviados ao Congresso, reforçando que o presidente deseja evitar alterações significativas nas propostas pelos parlamentares.

O governo prevê uma economia de R$ 70 bilhões com o pacote de medidas, que inclui, entre outras ações, restrições ao aumento do salário mínimo. A votação das propostas ainda é esperada para esta semana, antes do recesso parlamentar.

No âmbito da reforma tributária, Haddad também destacou as preocupações do presidente com as mudanças feitas no Senado, particularmente no que diz respeito à taxação de produtos como bebidas açucaradas e armas. O governo trabalha para que a reforma seja sancionada ainda este ano, com eventuais ajustes entre o Senado e a Câmara.

Fonte: portaldoagronegocio

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