Como ocorre habitualmente no mesmo período (segunda quinzena, penúltima semana do mês), na 34ª semana de 2024 (18 a 24, cinco dias úteis), o frango abatido teve fraquíssimo desempenho comercial, seus preços no atacado recuando naturalmente – mas sem dúvida surpreendendo, pois se retraíram a um dos menores níveis do corrente exercício.
Mesmo assim, na média de agosto, permanece ligeira valorização (pouco mais de meio por cento) em relação ao mês anterior, até agora o mais fraco de 2024. Já em comparação a agosto de 2023, a diferença atual é de 15,63%, índice que tende a decrescer, podendo até tornar-se negativo se o atual nível de preços persistir pelas próximas semanas.
Interessante notar que a despeito de o atual momento ser absolutamente distinto do registrado um ano atras, nas duas últimas semanas o mercado comportou-se de forma absolutamente similar à observada em idêntico período de 2023 (vide gráfico abaixo), ou seja, com ligeira alta em meados da terceira semana e forte baixa no decorrer da semana seguinte, a quarta do mês. A similaridade foi tanta que, nessas duas semanas, a cotação média diária deste ano registrou diferença estável, praticamente inalterada, de 13% em relação aos mesmos dias do ano passado (na segunda semana de agosto a diferença média ficou em quase 20%, havendo momentos do ano em que alcançou perto de 25%).
Para que a diferença atual de 13% persistisse à frente, dentro de duas/três semanas a cotação média do frango abatido deveria chegar aos R$8,00/kg. Mas essa possibilidade soa um tanto distante, pois exige valorização de quase 10% sobre a atual média, índice que destoa da longa estabilidade dos últimos 10 meses, período em que a variação média não chegou a meio por cento ao mês.
Frente ao atual panorama, o frango vivo ofertado no mercado independente segue pouco demandado, seus preços em São Paulo variando entre R$2,30/kg e R$2,50/kg, em mercado absolutamente calmo. Em Minas, onde a oferta vem sendo um pouco menor, o mercado segue firme, mas a cotação registrada, de R$5,20/kg, permanece inalterada há quase sete semanas, ou seja, desde 12 de julho de 2024.
Fonte: portaldoagronegocio