Aliás, obteve pequeno ganho (de 0,17%), o que é fato raro na semana inicial da segunda quinzena, já que o período é, geralmente, marcado pelos primeiros retrocessos de preço do mês.
Na verdade, o produto vem apresentando estabilidade idêntica à observada um ano atrás, neste mesmo mês. A única diferença, crucial, é que a cotação média de julho do ano passado ficou quase 40% acima da alcançada nas três primeiras semanas de julho corrente. Menos mal que o custo também tenha decrescido, o que minimiza as perdas do setor.
Se, porventura, os preços atuais prevalecerem (com pequenas variações) por todo este segundo semestre, a diferença que ora vem sendo observada (redução anual próxima de 28%) também dominará a maior parte do período. É que no ano passado, após atingir pela primeira vez, logo no início do segundo semestre (3 julho), a marca histórica (para a moderna avicultura) dos R$8,00/kg, o frango abatido viu esse valor estender-se com variações mínimas pelo restante do semestre. assim, a cotação média do período girou em torno dos R$8,03/kg, com variações máximas de 1,74% e 2,12% abaixo e acima da média, respectivamente.
A estabilidade deste mês não se restringe ao frango abatido, estende-se também à ave viva. Tanto em São Paulo como em Minas Gerais persiste – há, praticamente, oito semanas – a cotação de R$4,50/kg, valor cerca de 25%-30% inferior ao alcançado um ano atrás, no mês de julho.
Aparentemente, a única diferença entre as duas praças se encontra na relação oferta/procura. Em Minas ela se encontra ajustada e, por isso, o mercado é considerado firme. Já em São Paulo a demanda pelos abatedouros permanece baixa e, em consequência, a cotação de R$4,50/kg atua como referencial apenas para as ofertas pré-programadas, as demais continuando sujeitas a descontos em índices que variam conforme a necessidade do vendedor e o interesse do comprador.
Fonte: portaldoagronegocio