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Agronegócio

Desembolsos do Plano Safra 2023/24 iniciam com menor velocidade

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No primeiro mê de vigência do novo ciclo, os produtores acessaram R$ 35,3 bilhões de crédito rural, cerca de 6% menos do que os R$ 37,4 bilhões liberados em julho de 2022, de acordo com dados do Banco Central consultados no dia 4 de agosto.

A principal queda foi nos investimentos. Os desembolsos saíram de R$ 6,9 bilhões em julho do ano passado para R$ 2,5 bilhões agora. Em um ano marcado pela queda brusca nos preços das commodities, como milho e soja, e de incertezas no campo para o planejamento de custos do próximo plantio, muitos produtores têm adotado cautela e decidido adiar movimentos como o de renovação da frota de máquinas agrícolas, por exemplo. Entidades do setor reforçaram recentemente que a safra será de “pé no freio”.

As de custeio tiveram recuo de R$ 27,7 bilhões para R$ 25,5 bilhões. Já as operações de comercialização e industrialização quase triplicaram de valor nos períodos comparados. No primeiro caso, os desembolsos passaram de R$ 1,3 bilhão para R$ 3,8 bilhões. No segundo, as liberações atingiram R$ 3,4 bilhões ante R$ 1,3 bilhão em julho de 2022.

Houve recuo também nos valores desembolsados para a agricultura familiar. Os recursos acessados via Pronaf saíram de R$ 6,9 bilhões em julho de 2022 para R$ 4,6 bilhões agora. Um consultor ouvido pela reportagem disse que o pode estar relacionado à resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN) que alterou as de enquadramento ao Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) e dificultou, na opinião dele, o acesso do público do Rio Grande do Sul ao crédito rural.

Além do CPF do produtor, a norma considera a familiar e o Cadastro Ambiental Rural (CAR) da propriedade para acesso ao Proagro, e se houve até sete comunicações de perdas nos últimos cinco anos. O Banco Central, que propôs a mudança, disse que a medida impactará 14,1 mil produtores, cerca de 6% dos beneficiários do programa, e ajudará a reduzir as despesas do programa em mais de R$ 317,2 milhões nesta safra.

Sem acesso ao Proagro, os agricultores também não conseguem contratar os financiamentos do Pronaf, o que ajudaria a explicar nos acessos em julho, disse a fonte. Nos cálculos do setor, o número de produtores “desenquadrados” é bem maior e pode chegar a 13% dos beneficiários no Rio Grande do Sul.

Fonte: portaldoagronegocio

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