De acordo com estimativa da Embrapa Gado de Leite, de entre 2020 e 2022, o custo de produção do leite subiu 64%, devido, principalmente, à alta dos preços da soja e do milho, usados nas rações dos animais. “O cenário é bastante desafiador para o pecuarista. Por isso, a importância de quantificar e analisar todo e qualquer custo ou perda em seu sistema de produção”, diz a zootecnista Janaina Giordani, Gerente de Produto da linha Leite da Zoetis.
“Uma perda que, geralmente, ele deixa de calcular é o descarte de leite de animais em tratamento na propriedade”, explica Janaina.
Vacas doentes muitas vezes devem ter sua produção descartada durante o período de tratamento mais o período de carência, estabelecido em bula pelo medicamento utilizado.
Para um problema muito comum nos rebanhos, como a mastite, recomenda-se a adoção de algumas práticas de manejo a fim de reduzir sua incidência. Uma vez diagnosticada, o protocolo é tratar com uso do antibiótico correto para o agente causador da doença. “Ações conscientes e planejadas diante do desafio resultarão em menos descarte, menos perdas, mais leite no tanque, já que a vaca retorna mais rápido para a ordenha e, consequentemente, há mais ganho para o bolso do produtor”, afirma Chester Batista, Gerente Técnico em Pecuária de Leite da Zoetis.
Redução de perdas
Para saber quanto o produtor perde com o descarte de leite, a conta é simples. Supondo um preço médio de R$ 2/l de leite, com cada vaca produzindo, em média, 25l/dia. Para o tratamento completo de mastite com SYNULOX®LC, por exemplo, o produtor precisa descartar o leite nos três dias de tratamento mais três dias período de carência, totalizando seis dias. Numa propriedade com 5 animais em tratamento para o problema, temos — 6 dias x 25l x R$2 = R$ 300/vaca x 5 animais = R$ 1.500.
“Um dia a mais de descarte gera um impacto negativo importante para o produtor que no atual cenário está com as margens muito apertadas. Estamos falando de cerca de R$ 50/vaca ao dia, como calculado acima”, recorda Janaina.