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Agronegócio

Descarbonização: o potencial do etanol e suas perspectivas futuras

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O etanol está se consolidando como uma peça-chave na transição energética global, com projeções otimistas apontando que o mercado deste biocombustível pode até 9,4 vezes a produção atual até 2050. Esta estimativa vem da renomada Datagro Consultoria, uma referência no setor. Plí Nastari, presidente da consultoria, destaca a urgência e a importância da expansão da produção de etanol, ressaltando que o combustível permite uma descarbonização imediata sem a necessidade de grandes investimentos em infraestrutura. “O reconhecimento do etanol está crescendo, e a sua importância é cada vez mais evidente”, afirma Nastari.

Novos mercados e inovações no setor

O futuro do etanol é promissor e se expande para novos produtos e mercados significativos, como o SAF (querosene de aviação ), o biobunker (combustível marítimo renovável), os bioplásticos, a reforma do etanol para a produção de hidrogênio, e o biodiesel. Nastari observa que “todos esses mercados têm um potencial enorme e trazem perspectivas vibrantes para o setor”.

Algumas dessas inovações já estão em andamento. Um exemplo é o SAF, que a Raízen está produzindo de forma pioneira. A empresa obteve uma certificação internacional para fabricar SAF em seu parque de bioenergia Costa Pinto, localizado em Piracicaba (SP).

Impactos dos incêndios nos canaviais

No entanto, o setor enfrenta desafios significativos devido aos incêndios que atingiram os canaviais no Sudeste e Centro-Oeste do Brasil. Estima-se que cerca de 230 mil hectares de cana-de-açúcar foram danificados somente em São Paulo, conforme dados da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica).

Nastari explica que a cana-de-açúcar queimada precisa ser colhida e processada rapidamente para evitar a podridão e problemas de contaminação. “Se a área queimada for extensa, as usinas podem enfrentar dificuldades no processamento, ou até mesmo ter que abandonar as canas danificadas, apesar da ajuda das usinas menos afetadas”, esclarece o especialista.

Além da perda de açúcar, os incêndios também afetam a rebrota da cana, causando uma perda de três a quatro meses no desenvolvimento das plantas, obrigando os produtores a recomeçar do zero. Nastari observa que muitos incêndios não são acidentais, mas criminosos, e que o controle dessa situação dependerá de ações eficazes da polícia.

O no mercado global

A situação também serve como um alerta para o mercado. Nastari menciona que o Brasil é responsável por 75% das mundiais de açúcar bruto, sublinhando a importância crítica do setor para a economia global.

Fonte: portaldoagronegocio

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