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Agronegócio

Desafios na Produção de Trigo no Rio Grande do Sul: Doenças e Germinação Prematura

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A colheita de trigo no Rio Grande do Sul segue em ritmo acelerado, especialmente nas regiões Centro e Noroeste, segundo o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS. No entanto, chuvas interromperam os trabalhos em 15 de outubro, e em áreas de relevo plano, o excesso de umidade no solo continua a dificultar o progresso da colheita. Até o momento, cerca de 29% da área destinada ao plantio já foi colhida.

Apesar do avanço, a qualidade do trigo colhido tem sido inferior em comparação ao obtido antes das chuvas. O peso hectolitro (PH) dos grãos está ligeiramente abaixo de 78 kg/hl, indicando uma queda na qualidade. Além disso, algumas unidades de armazenamento e compradores têm utilizado o critério do “falling number” (FN), ou “tempo de queda”, que mede a resistência dos grãos à germinação precoce, estabelecendo um mínimo de 220 segundos. Essa exigência tem dificultado a comercialização de lotes com qualidade inferior, que apresentam menor potencial para a panificação.

Impactos das Doenças e da Germinação Prematura

A deterioração da qualidade dos grãos é atribuída, em grande parte, à alta incidência de doenças como a brusone e a giberela, que foram intensificadas pelas chuvas recorrentes nas semanas anteriores. Essas condições climáticas também favoreceram a germinação prematura dos grãos nas espigas, comprometendo ainda mais a qualidade final do trigo. Diante desse cenário, alguns produtores cujas lavouras foram mais afetadas estão recorrendo ao Proagro, visto que a receita gerada pode não ser suficiente para cobrir os custos de produção.

Atualmente, as lavouras remanescentes no estado encontram-se em diferentes estágios de desenvolvimento, com 48% em fase de maturação e 20% em enchimento de grãos. Nas demais regiões do Rio Grande do Sul, o potencial produtivo não foi tão severamente impactado, e a expectativa é de que a qualidade e o rendimento do produto sejam menos prejudicados. A área total cultivada no estado é de 1.312.488 hectares, com uma produtividade média esperada de 3.100 kg/ha.

Cenário de Preços

No que diz respeito aos preços, o levantamento semanal da Emater/RS indicou um aumento médio de 0,58% no valor do trigo, com o preço passando de R$ 67,00 para R$ 67,39 por saca em comparação à semana anterior. Na Bolsa de Cereais de Cruz Alta, o produto disponível foi cotado a R$ 70,00 por saca.

Fonte: portaldoagronegocio

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