No mercado físico brasileiro de algodão, as negociações apresentaram ritmo mais lento na última semana, devido ao feriado de quarta-feira (20). A consultoria Safras destaca que a demanda se mostrou fraca, com compras realizadas apenas para reposição imediata, enquanto os produtores, mais capitalizados, têm sido mais seletivos nas vendas.
O preço da pluma registrou queda ao longo da semana. Em Rondonópolis, no Mato Grosso, o valor pago na quinta-feira (21) foi de R$ 3,70 por libra-peso, equivalente a R$ 122,47 por arroba, marcando uma redução de 1,24% em relação ao dia 14 de novembro, quando a cotação estava em R$ 3,75 por libra-peso, ou R$ 124,01 por arroba.
A indústria segue com negociações pontuais, aguardando melhores condições de mercado, enquanto o beneficiamento da safra brasileira avança. O preço do algodão colocado no armazém de São Paulo registrou R$ 3,94 por libra-peso, uma queda de 1,01% em comparação à semana anterior, quando o valor era de R$ 3,98 por libra-peso.
No que se refere à semeadura da próxima safra, os trabalhos começaram de forma lenta, com apenas 0,17% da área projetada sendo semeada até o momento, conforme levantamento da Abrapa. As atividades estão concentradas nos estados do Paraná, com 45% da área semeada, e São Paulo, com 19%. A expectativa é de que a área plantada no Brasil cresça 7,9% na safra 2024/25, atingindo 2,15 milhões de hectares. Essa estimativa supera a previsão da Conab, que projeta 2,00 milhões de hectares, e fica ligeiramente acima da projeção da Abrapa, de 2,14 milhões de hectares.
O aumento na área plantada ocorre principalmente na Bahia e no Mato Grosso. Embora o rendimento médio seja esperado inferior ao da safra atual, a produção brasileira de algodão tem potencial para alcançar 3,89 milhões de toneladas de fibra, o que representa um avanço de 5,6% em relação à produção estimada para a safra 2023/24, de 3,68 milhões de toneladas.
Fonte: portaldoagronegocio