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Agronegócio

Desafios do Mercado de Feijão: Excesso de Oferta e Demanda Fraca

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O mercado brasileiro de feijão carioca experimentou uma semana de negociações lentas, marcadas pela predominância de lotes de qualidade inferior. Segundo Gabriel Viana, analista da Safras & Mercado, os preços para lotes de qualidade média a baixa variaram entre R$ 200 e R$ 230 por saca, enquanto os lotes de qualidade superior foram negociados entre R$ 265 e R$ 275.

“A baixa umidade dos grãos dificultou as vendas e gerou cautela nos compradores, que hesitaram em adquirir mercadorias para consumo imediato. Essa dificuldade técnica, somada à reduzida presença de compradores ativos, resultou em preços estáveis, sem grandes variações ao longo da semana”, relatou Viana.

Com o aumento da oferta, principalmente devido às novas colheitas em São Paulo, Minas Gerais e Goiás, as vendas continuaram em baixa, concentrando-se nas sobras anteriores.

Situação do Feijão Preto

No mercado de feijão preto, a baixa movimentação se repetiu. O analista apontou que a oferta foi suficiente, incluindo tanto feijão nacional quanto importado, mas a demanda continuou fraca. Os preços dos lotes de qualidade superior oscilaram entre R$ 310 e R$ 320, enquanto os de qualidade inferior variaram entre R$ 270 e R$ 300. O feijão preto argentino, disponível entre R$ 350 e R$ 360, também teve baixa adesão.

“A oferta elevada sem demanda concreta refletiu uma retração no consumo, resultado do estoque acumulado no início de 2024 devido a enchentes e ao receio de escassez, o que diminuiu as negociações nesta semana”, destacou.

Informações da Conab

O plantio da primeira de feijão 2024/25 no Brasil atingiu 26,5% da área até 20 de outubro, conforme relatório da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Na semana anterior, o percentual era de 19,5%. No mesmo do ano passado, a semeadura alcançava 18,6% da área.

Cenário no Paraná

No Paraná, o plantio da primeira safra de feijão 2024/25 alcançou 90% da área. Segundo o Departamento de Economia Rural (Deral) da de Agricultura do Paraná, na semana anterior, os trabalhos estavam em 83%. Atualmente, 96% das lavouras estão em boas condições, enquanto 4% estão em situação média. As plantas se distribuem entre as fases de germinação (7%), desenvolvimento vegetativo (84%), floração (7%) e frutificação (2%). Na semana anterior, 95% das lavouras eram consideradas boas e 5% médias, com 15% em germinação, 80% em desenvolvimento vegetativo e 4% em floração.

A área total plantada deve somar 138,5 mil hectares, o que representa um aumento de 28% em relação à safra 2023/24. A produção projetada é de 266,8 mil toneladas, representando um crescimento de 66% em comparação ao ano anterior. A esperada para 2024/25 é de 1.926 quilos por hectare.

Fonte: portaldoagronegocio

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