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O mercado brasileiro de milho registrou uma semana de preços firmes e negócios praticamente estagnados. Apesar do aumento na procura por lotes do cereal, especialmente em estados como São Paulo, onde os consumidores buscavam reforçar estoques, a falta de oferta e os preços elevados restringiram as aquisições.
De acordo com a Safras Consultoria, a retração nas negociações está associada ao cenário cambial, climático e ao avanço da paridade de exportação. Os produtores seguem hesitantes, evitando a fixação de preços para vendas em grande parte do país.
Cenário Internacional
No mercado internacional, a Bolsa de Chicago registrou ganhos durante a semana, refletindo sinais de demanda aquecida pelo milho norte-americano. Um ponto de atenção para os próximos dias é a divulgação, prevista para hoje, do relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos. O relatório deve indicar uma redução nas previsões de safra do país, além de ajustes para baixo nos estoques. No cenário mundial, também há expectativa de corte nas estimativas de produção.
Preços Internos
No dia 7 de novembro, o preço médio da saca de milho no Brasil foi cotado a R$ 72,16, o que representou uma alta de 2,07% em relação aos R$ 70,70 da semana anterior. Em Cascavel (PR), o preço se manteve estável, permanecendo em R$ 70,00 por saca. Em Campinas (SP), a cotação subiu para R$ 80,00, um aumento de 2,56% em comparação com a semana anterior. Na região da Mogiana paulista, o aumento foi de 5,26%, atingindo R$ 80,00 por saca. Já em Rondonópolis (MT), o preço subiu 4,69%, passando de R$ 64,00 para R$ 67,00. Em Erechim (RS), o valor aumentou 2,67%, de R$ 75,00 para R$ 77,00. Em Uberlândia (MG), o preço da saca aumentou 1,52%, de R$ 66,00 para R$ 67,00, enquanto em Rio Verde (GO) não houve variação, mantendo-se em R$ 66,00.
Exportações
Em outubro, as exportações brasileiras de milho geraram uma receita de US$ 1,278 bilhão, com uma média diária de US$ 58,108 milhões, conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior. O volume total exportado foi de 6,406 milhões de toneladas, com média de 291,191 mil toneladas por dia. O preço médio da tonelada ficou em US$ 199,60.
Em comparação com outubro de 2023, houve uma queda de 32,8% no valor médio diário das exportações, uma diminuição de 24,2% na quantidade média diária exportada e uma desvalorização de 11,4% no preço médio da tonelada.
Fonte: portaldoagronegocio