A demanda por carne suína está maior com a proximidade das festas de fim de ano, o que tem ajudado a sustentar os preços. A informação é do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). De acordo com os pesquisadores, as cotações acumulam alta em todas as praças avaliadas.
Neste mês, até a quarta-feira (14/12), a maior valorização no suíno vivo, de 4,62% foi registrada em Santa Catarina, com o produto chegando a R$ 6,79 o quilo. No entanto, o maior valor foi registrado em Minas Gerais, de R$ 7,56 o quilo (em 14/12), alta de 4,13% na parcial do mês.
No Paraná, o suíno vivo acumula alta de 3,84%, valendo R$ 6,76 o quilo na quarta-feira (14/12). Em São Paulo, valorização de 4,02%, com a referência do Cepea cotada a R$ 7,51 o quilo. E no Rio Grande do Sul, foi registrada a menor variação acumulada no mês, de 1,5%, com o quilo valendo R$ 6,75 ao produtor.
No mercado atacadista da região metropolitana de São Paulo, base para o indicador do Cepea, a carcaça especial acumula valorização de 4,32% neste mês, cotada a R$ 11,11 o quilo, em média. Em novembro, a carcaça especial tinha acumulado uma alta de 0,38%, cotada a R$ 10,65 (em 30/11).
“Entre os cortes mais procurados está o lombo, que registrou a valorização mais expressiva. Agentes consultados pelo Cepea se mostram otimistas e esperam que as vendas continuem aquecidas nos próximos dias”, informa a instituição, em nota.
Ao consumidor, a carne suína teve aumento médio de 0,88% em novembro, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o indicador oficial de inflação do país. A maior alta foi registrada no Rio de Janeiro (RJ), de 3,24%. Em Belo Horizonte (MG), o preço aumentou 3,02%. E em São Luis (MA), aumento de 2,51%. Já em São Paulo (SP), o aumento médio da carne suína foi de 0,77%.
De outro lado, houve queda de 2,57% no preço da carne suína ao consumidor em Goiânia (GO), em novembro. Em Curitiba (PR), o produto ficou 0,61% mais barato. E, em Fortaleza (CE), o valor caiu, em média, 0,57%.
No acumulado do ano, o preço da carne suína para o consumidor registra queda de 2,54%, na média nacional. E no período de 12 meses encerrado em novembro de 2022, a retração no preço foi de 1,26%.
Exportações
Enquanto o mercado interno vai ficando mais aquecido, as exportações estão perdendo o ritmo nesta primeira metade de dezembro, informa o Cepea. Citando dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia, a isntituição destaca que a média diária dos sete primeiros dias úteis de dezembro foi de 3,9 mil toneladas, 9,2% a menos que o registrado em novembro.
De acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), as exportações de carne suína em novembro foram de 93,4 mil toneladas, 17,8% a mais que no mesmo mês do ano passado. A receita foi de US$ 230,5 milhões, aumento de 35,1% na mesma comparação.
No acumulado de janeiro a novembro deste ano, o volume exportado é 2,8% menor que o do mesmo período no ano passado. Os embarques nos primeiros 11 meses de 2022 somaram 1,017 milhão de toneladas. A receita foi de US$ 2,319 bilhões, 5,3% inferior à do mesmo período em 2021.
Fonte: portaldoagronegocio