De acordo com informações da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), o déficit na balança comercial de produtos químicos atingiu US$ 19,6 bilhões no acumulado dos cinco primeiros meses deste ano. Esse valor é 16,3% inferior àquele de igual período em 2022 e registrou um saldo comercial negativo de US$ 59,1 bilhões nos últimos 12 meses.
“Entre janeiro e maio de 2023, os fluxos de produtos químicos tiveram como resultados importações de US$ 25,9 bilhões e exportações de US$ 6,3 bilhões, respectivamente recuos de 15,3% e de 11,9% na comparação com o mesmo período do ano passado.
Apesar das reduções dos valores monetários importados de produtos para o agronegócio (36,1% em intermediários para fertilizantes e 32,8% em defensivos agrícolas), no acumulado deste ano, foram registrados aumentos consideráveis nas quantidades físicas importadas de resinas termoplásticas (31,5%), de fibras sintéticas (20,8%) e de produtos químicos diversos (5,0%), todos esses grupos cujas capacidades instaladas contam com ociosidade decorrente das dificuldades de competitividade e de importações predatórias que ameaçam a fabricação nacional em segmentos estratégicos para o País”, disse a Abiquim.
“A retirada do REIQ e os cortes tarifários, agravados pelas reduções na LETEC para resinas termoplásticas, foram particularmente sentidos por grupos estratégicos de produtos químicos, o que resultou em importantes aumentos de ociosidade das suas capacidades instaladas. Contudo, uma oportunidade de transformar esse cenário está refletida no andamento do Programa Gás para Empregar, anunciado pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), que pode tornar o Brasil mais competitivo, atraindo inúmeros investimento que estão, há tempos, represados, ajudando na reindustrialização do País, uma das metas do atual governo”, aponta Fátima Giovanna Coviello Ferreira, Diretora de Economia e Estatística da Abiquim.
Fonte: portaldoagronegocio