A produtividade da cana-de-açúcar colhida em julho no centro-sul do Brasil registrou uma média de 86,6 toneladas por hectare, apresentando uma redução de 12,1% em relação ao mesmo mês da safra anterior, conforme levantamento do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) divulgado nesta segunda-feira. A queda é atribuída ao impacto da seca, o que sugere um cenário desafiador para a colheita nos próximos meses da safra 2024/25.
A nota do CTC destaca que “a falta de chuvas preocupa os produtores de várias regiões do centro-sul, especialmente porque os canaviais que serão colhidos em ciclos médio e tardio devem sofrer um impacto mais acentuado devido ao déficit hídrico acumulado.”
Apesar da redução na produtividade, a moagem de cana no centro-sul do Brasil, acumulada até o momento da safra 2024/25, apresenta um aumento de 6,65%, totalizando 332,9 milhões de toneladas, segundo a União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica). No entanto, o setor espera que a produção deste ciclo fique abaixo do recorde registrado na safra anterior, com a seca afetando a expectativa até o final da temporada.
A antecipação dos trabalhos de colheita neste ciclo contribui para o aumento do volume moído até o final de julho. No acumulado da safra 2024/25 (abril a julho), a produtividade caiu 5,6%, para 88,7 toneladas por hectare, de acordo com os dados do CTC.
A qualidade da matéria-prima (Açúcar Total Recuperável – ATR) colhida em julho foi superior em quase todas as regiões, com exceção de Araçatuba e Mato Grosso. No acumulado dos quatro meses da safra, a qualidade da matéria-prima também melhorou, com um aumento na ATR de 129,1 kg/tonelada de cana na safra 2023/24 para 129,4 kg/tonelada de cana nesta safra.
O CTC explica que “essa condição é esperada, pois o clima mais seco favorece o acúmulo de sacarose na cultura.”
Fonte: portaldoagronegocio