De acordo com estimativas do novo relatório de perspectivas do agronegócio brasileiro, desenvolvido pelo Rabobank, é possível que os custos dos insumos caiam. “Para 2023, quando analisamos os custos, temos uma inclinação a redução em relação à safra atual, especialmente pela tendência de baixa nos fertilizantes”, comenta.
“Quando analisamos a combinação de todos esses fatores na composição dos custos de produção, especialmente da soja e do milho safrinha, podemos ver que a safra atual terá uma elevação bastante acentuada nos custos operacionais, cerca de 45% no caso da soja e de 25% para o milho safrinha. O período de aquisição dos insumos mais tardio do milho safrinha em relação à soja, favoreceu a composição do custo do cereal, uma vez que se beneficiou da baixa nos preços dos fertilizantes, principal motivo por trás do forte aumento nos custos. No caso das outras culturas como café, algodão e cana-de-açúcar, os produtores também vão ter uma safra com custos de produção mais caros este ano, também por conta dos fertilizantes”, completa.
Com relação às sementes de soja e de milho, o preço do insumo acompanhou a evolução do custo com fertilizantes e defensivos, uma vez que estes, acabam por compor o custo de produção das sementes. “No entanto, como o aumento mais expressivo dos fertilizantes e defensivos ocorreu após o plantio de produção para a atual safra, devemos observar em 2023 um efeito residual da elevação dos custos em 2022. Para a próxima safrinha de milho a ser plantada em janeiro de 2023, espera-se que tenhamos sementes suficientes para o plantio, apesar da possível redução na oferta de alguns híbridos”, conclui.
Fonte: portaldoagronegocio
