A carne suína não escapou do processo e também recuou, mas essa foi a primeira ocorrência após quatro sucessivos meses de alta. De toda forma, o recuou registrado em relação ao mês anterior (-2,89%) foi o mais agudo entre as três carnes, pois o preço da carne bovina recuou 0,79% e o da carne de frango apenas 0,29%.
Note-se, no entanto (gráfico abaixo), que as perdas anuais mais significativas vêm incidindo sobre a carne bovina: seu preço médio, em outubro, ficou quase 3% abaixo do registrado um ano atrás, além de encontrar-se no menor nível dos últimos 16 meses. Isto, note-se, depois de ter atingido, em março passado, valor recorde de preço. Já as carnes suína e de frango permanecem com evolução anual positiva – de, respectivamente, 16,74% e 17,95%.
Na média do ano e comparativamente aos mesmos 10 meses de 2021, o melhor resultado vem sendo obtido pela carne de frango, com valorização de quase 22%. A da carne bovina ficou em cerca de 13,5% e a da carne suína em apenas 5,5%.
Justificando a queda de preços observada de setembro para outubro entre as três carnes, a FAO explica que o forte retrocesso experimentado pela carne suína se deveu não só às fracas importações do produto, mas também à menor demanda interna em alguns dos principais países produtores. Já o retrocesso da carne bovina foi reflexo de uma alta oferta (aí incluso “o aumento de disponibilidade de gado para abate, principalmente no Brasil”), enquanto o menor preço da carne de frango resultou da combinação alta oferta x baixa demanda.
Fonte: portaldoagronegocio